XXI ALAM
Resumo:613-1


Poster (Painel)
613-1FREQUÊNCIA DE FUNGOS FILAMENTOSOS EM DIFERENTES TIPOS DE SOLOS DO PARQUE NACIONAL DO VIRUÁ – RORAIMA, BRASIL.
Autores:Suelen Cristina Barbosa Belo (PRONAT-UFRR - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS) ; Andréia da Silva Alencar (PRONAT-UFRR - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS) ; Marcos José Salgado Vital (PRONAT-UFRR - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS)

Resumo

Os fungos, que se destacam como o segundo grupo de organismos vivos em número de espécies, são organismos heterotróficos, ubíquos, que se desenvolvem melhor em pH 5,0. Existe consenso na afirmação de que a diversidade de fungos nos trópicos é maior que em regiões temperadas, contudo, o conhecimento sobre a diversidade de fungos filamentosos em ambientes tropicais é incipiente. O Parque Nacional do Viruá representa áreas de campinas e campinaranas amazônicas em Roraima, sobre solos principalmente arenosos e ácidos, com pH variando de 3 a 5, onde são encontradas diversas fisionomias vegetais florestais e não florestais típicas desse sistema. Essa pesquisa objetivou o isolamento de fungos filamentosos de diferentes tipos de solos da Unidade de Conservação. Foram realizadas coletas de solos em seis parcelas permanentes do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) sendo utilizados 10 sub-amostras para formar uma amostra composta, retiradas com um trado tipo holandês, na profundidade de 0-15 cm. Para o isolamento dos fungos foi realizada diluição seriada em solução salina (0,85%); com adição de pirofosfato (0,1%) e Tween 80 (0,1%). Para quantificação foi utilizada a alíquota de 10-3, em meio Sabouraud, com 200 mg/L de cloranfenicol, em triplicatas, incubadas a 28C por 72 horas. Após, foi feita a contagem das UFC.g-1, seguida do agrupamento dos morfotipos com base em caracteres macroscópicos das colônias. As culturas puras foram armazenadas em tubos contendo o meio Sabouraud, mantidas a temperatura ambiente para posterior identificação. Do total de UFC.g-1 dos morfotipos recuperados por parcela (P) amostrada obtivemos: Colinas sob latossolos (P1) 21,8x10-3UFC.g-1; Floresta aberta sob latossolos e neossolos (P2) 18,9x10-3UFC.g-1; Igapó sob solos hidromórficos (P3) 8,4x10-3UFC.g-1; Patamares arenosos inundáveis (P4) 14,5x10-3UFC.g-1;Tensão ecológica de floresta aberta sob latossolos (P5) 26,7x10-3UFC.g-1 e (P6) 33,1x10-3UFC.g-1. Os números refletem o tipo de ambiente e de solo das parcelas amostradas, sendo P5 e P6 o mesmo tipo de ambiente e P3 com o menor número de UFCs, provavelmente devido ao ambiente de Igapó, e ao caráter hidromórfico do solo. O isolamento de fungos filamentosos de diferentes tipos de solos na Amazônia representa a possibilidade de aquisição de isolados ainda desconhecidos para ambientes como os das campinas e campinaranas de Roraima.


Palavras-chave:  Amazônia, campinaranas, campinas, fungos de solo, PPBio