XXI ALAM
Resumo:608-1


Poster (Painel)
608-1COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS UTILIZADAS PARA UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DO VETOR DA DENGUE EM DIVINÓPOLIS, MG
Autores:Juliano Paula Souza (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Martinelle Ferreira da Rocha Taranto (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Michelli Santos (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Ana Cláudia Santos Pereira Andrade (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Vidyleison Neves Camargos (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Stênio Nunes Alves (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; José Carlos Magalhães (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Luciana Lara Santos (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Erna Geessien Kroon (UFMG/ICB - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Leandra Barcelos Figueiredo (UFMG/ICB - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Jaqueline Maria Siqueira Ferreira (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei)

Resumo

A dengue é uma das principais arboviroses que afeta o homem, se tornando um grave problema de Saúde Pública. O Dengue virus (DENV) pertence à família Flaviviridae e quatro sorotipos podem ser encontrados: DENV-1, 2, 3 e 4. Minas Gerais é um dos estados brasileiros com alta endemicidade e Divinópolis, em 2012 já notificou 108 casos da doença, um dado que a coloca entre as 30 cidades com maior número de casos em Minas Gerais. Assim, o objetivo deste trabalho foi fazer um estudo epidemiológico do vetor em Divinópolis e comparar os resultados obtidos com os dados do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa). A metodologia utilizada pelo presente trabalho é diferente da utilizada pelo LIRAa. Este último utiliza os focos presentes nos criadouros já existentes na cidade, para determinar o índice de infestação pelo vetor da dengue, quatro vezes ao ano, nos meses de janeiro, março, junho e outubro. Neste trabalho, foram utilizadas armadilhas do tipo ovitrampas contendo palhetas de madeira e essas armadilhas foram distribuídas em todas as regiões (Norte, Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Oeste e Central) da cidade, somando um total de 44 pontos de coleta. Os ovos coletados foram contados, colocados para eclosão das larvas em água contendo ração de peixe por 6 dias, e estas em estágios L3 e L4 foram identificadas em A. aegypti ou A. albopictus. Posteriormente, o número de larvas foi comparado ao número de focos coletados no mesmo período pelo LIRAa. Na região Nordeste, no mês de janeiro/2012, 358 larvas foram coletadas neste trabalho e 65 focos de dengue foram detectados pelo LIRAa, números considerados altos. Em contrapartida, na região sudeste, no mês de junho/2011, não foram detectadas larvas e apenas 3 focos nos dados obtidos pelo LIRAa. Estes fatos já eram esperados uma vez que o mês janeiro/2012 foi um período chuvoso, enquanto junho/2011 foi um mês que apresentou baixas temperaturas (10ºC) e reduzidos índices pluviométricos. A comparação entre os dados obtidos com as diferentes metodologias possibilitou a observação de uma relação entre o número de larvas coletadas e, consequentemente, dos focos do vetor da dengue na cidade. Sendo assim, este trabalho fornece contribuições para os estudos epidemiológicos da dengue e alerta para a intensificação das ações preventivas e educativas principalmente nas regiões onde foi detectada uma alta incidência do vetor.


Palavras-chave:  Aedes Aegypti, Dengue virus, Divinópolis, epidemiologia, LIRAa