XXI ALAM
Resumo:581-1


Poster (Painel)
581-1Cultivo de microalgas e redução de coliformes em águas residuárias de origem doméstica
Autores:Adriano Evandir Marchello (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Ana Teresa Lombardi (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Clóvis Wesley Oliveira de Souza (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos)

Resumo

Um dos grandes problemas da sociedade é o descarte adequado do esgoto produzido pela população, cada vez mais crescente. O tratamento de esgoto, aeróbio ou anaeróbio, objetiva a redução de materiais orgânicos e nutrientes, além de certa quantia de contaminantes, que são parcialmente consumidos por micro-organismos e floculados formando o lodo de esgoto. A água residuária resultante é finalmente descartada em um corpo hídrico receptor. Nos tratamentos de esgoto doméstico há redução dos elementos nutritivos e microbiológicos, mas não sua completa eliminação, o que resulta nos problemas de eutrofização comumente observados. Considerando que as águas residuárias possuem bactérias do grupo dos coliformes e nutrientes como nitrogênio (N) e fósforo (P), seu uso para o cultivo de microalgas pode contribuir para a redução desses contaminantes, melhorando sua qualidade química e microbiológica. Além disso, há a possibilidade de produção de biomassa algal para finalidades comerciais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de microalgas nativas (não inoculadas) e de coliformes totais e Escherichia coli em águas residuárias oriundas de tratamento anaeróbio de esgoto municipal. O desenho experimental constou de dois tratamentos, aerado e não aerado, que foram monitorados durante 30 dias para as variáveis pH, coliformes (totais e E. coli) e microalgas (clorofila a). Os resultados mostraram que não houve variação do pH para qualquer um dos tratamentos, que mantiveram-se entre 8,0 e 8,5. Houve redução de 99,9% de unidades formadoras de colônias (UFC.mL-1) tanto de coliformes totais quanto de E. coli, mas sem diferenças entre os tratamentos. Foi observado diferença quanto ao crescimento das microalgas nos diferentes tratamentos através da concentração de clorofila a (mg.L-1), sendo que no tratamento não aerado a taxa de crescimento algal foi maior, mas a biomassa final menor em relação ao tratamento aerado. Neste, a taxa de crescimento foi menor, mas maior biomassa final foi atingida, pois apresentou um período de crescimento maior. Dos resultados obtidos, conclui-se que o cultivo de microalgas é viável em águas residuárias municipal aerada, o que pode constituir-se em meio de cultura para a produção de biomassa algal. Além disso, houve redução da quase totalidade dos coliformes e E. coli em ambos os tratamentos.


Palavras-chave:  Água residuária, Coliformes, Microalgas