XXI ALAM
Resumo:579-1


Poster (Painel)
579-1ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE CROTON DOCTORIS FRENTE À DIFERENTES ESPÉCIES DE MOLICUTES
Autores:Maurício Mezari Zanotto (FURB - Universidade de Blumenau) ; Francine Poffo (FURB - Universidade de Blumenau) ; Marize Terezinha Lopes Pereira Peres (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Moacir Geraldo Pizzolatti (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Caio Mauricio Mendes de Cordova (FURB - Universidade de Blumenau)

Resumo

Introdução: A utilização de plantas para tratamento, cura e prevenção de doenças é uma prática medicinal muito antiga. Croton doctoris (Euphorbiaceae) é nativa da região centro-oeste do Brasil, conhecido como amarelinho-do-Brasil e popularmente utilizada como anti-inflamatório e antimalárico. O objetivo deste estudo foi analisar a atividade antibacteriana (in vitro) de produtos naturais isolados de Croton doctoris, frente à cepas de Molicutes. Os molicutes são bactérias que infectam animais e humanos e que se caracterizam por não possuir parede celular. Podem causar principalmente doenças respiratórias e urogenitais. Material e métodos: Os extratos foram preparados a partir do vegetal seco e triturados, deixado em maceração hidroalcoólica (3:1), e concentrados em evaporador rotativo até peso constante. Os testes de Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram realizados através do método de microdiluição em caldo em placas de 96 cavidades, contra Mycoplasma arginini, Mycoplasma mycoides subsp. capri (MMC), Mycoplasma genitallium e Mycoplasma hominis. Foi realizada diluição seriada dos extratos da planta e às diferentes concentrações de extrato foi adicionado inóculo de cultura de molicutes na fase log de crescimento. As placas foram incubadas a 37°C por 48 a 96 horas. Resultados: O extrato bruto do caule de Croton doctoris apresentou atividade antimicrobiana até a concentração de 502,5 μg/mL após 4 dias de incubação frente a cepa de M. genitallium, enquanto que frente a M. arginini a CIM foi de 258,8 μg/mL, e para M. hominis a CIM foi de 1035 μg/mL. A fração acetato apresentou um resultado promissor, inibindo o crescimento bacteriano a uma concentração de 66,3 μg/mL frente à M. arginini. Discussão e Conclusões: o extrato e a fração da planta testada apresentaram atividade antibacteriana significativa, gerando uma nova perspectiva na busca de novas substâncias promissoras com fins terapêuticos. Estudos adicionais estão em andamento para identificação dos compostos bioativos desta planta.


Palavras-chave:  mollicutes, mycoplasma, ureaplasma, produtos naturais, antimicrobianos