XXI ALAM
Resumo:558-1


Poster (Painel)
558-1Avaliação da atividade antibacteriana do mel da abelha Melipona quadrifasciata quadrifasciata Lepeletier (Hymenoptera: Apidae, Meliponini)
Autores:Erick Kenji Nishio (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Viviane Ferreira Cardozo (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Renata Katsuko Takayama Kobayashi (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Edson Aparecido Proni (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Milton Faccione (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; César Cornélio Andrei (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Terezinha de Jesus Faria (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Gerson Nakazato (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Nas últimas décadas a emergência de cepas de microrganismos patogênicos com resistência a diversos antibióticos convencionais tem dificultado a terapia. Frente a isto surge a necessidade do desenvolvimento de novos antimicrobianos, vários destes originados a partir de produtos naturais. O mel de abelhas é bastante utilizado na alimentação e está sendo cada vez mais empregado comercialmente devido às comprovações científicas de suas propriedades benéficas à saúde, como a atividade antimicrobiana. No Brasil além da abelha Apis mellifera subfamília Apinae bastante conhecida, existe a subfamília Meliponini conhecidas popularmente como abelhas indígenas sem ferrão, compreendendo mais de 200 espécies algumas criadas para produção de mel. Vários trabalhos indicam que méis de meliponíneos apresentam atividades antimicrobianas cujas substâncias antibióticas presentes estão geralmente em concentração mais elevada que nos méis de Apis mellifera. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana do mel da abelha Melipona quadrifasciata quadrifasciata Lepeletier (Mandaçaia) coletada da região de Londrina-PR e Mauá da Serra-PR, assim como a natureza química dos compostos envolvidos. Inicialmente, cepas de Staphylococcus aureus ATCC 25923, S. aureus meticilina-resistente (MRSA N315, BEC9393), Salmonella enterica sorovariedade Enteritidis ATCC 13076, Escherichia coli ATCC 8739 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 foram testadas frente a este mel, através dos métodos de Disco-Difusão, Concentração Inibitória Mínima (CIM) e contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Frações purificadas do mel foram obtidas através do processo de partição (extração líquido-líquido) e Cromatografia em Coluna de Filtração utilizando-se sílica gel. Os testes de atividade antibacteriana mostraram que as cepas de S. aureus (ATCC 25923 e MRSA) foram sensíveis para este mel. A CIM deste mel para estas cepas foi de 2,5% e na contagem de UFC observou-se uma diminuição de 10 vezes à até mesmo inibição total do crescimento. O fracionamento deste mel mostrou que a fração obtida com diclorometano possui efeito antibacteriano para as cepas de Staphylococcus spp. (125 ug/mL). Estes resultados mostram que méis de meliponineos podem representar uma nova alternativa no controle de infecções bacterianas principalmente as causadas por micro-organismos multirresistentes. Apoio: CAPES – UEL (Londrina-PR)


Palavras-chave:  Mel, Abelha indígena, Antimicrobiano, Fracionamento