XXI ALAM
Resumo:556-1


Poster (Painel)
556-1QUALIDADE DA ÁGUA DE CONSUMO NA ZONA RURAL DE PELOTAS/RS
Autores:Tony Picoli (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Fernando da Silva Bandeira (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; João Luiz Zani (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Bruna da Silva Urrutia (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Cristina Mendes Peter (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas)

Resumo

A água, na agropecuária está envolvida na criação animal, na irrigação de pastagens e limpeza de equipamentos e, é capaz de permitir condições de sobrevivência a vários microrganismos, incluindo os patogênicos. O aspecto microbiológico merece destaque como forma de analisar a água. O uso rotineiro de técnicas onde são identificados microrganismos indicadores de qualidade tem se mostrado capazes de fornecer resultados bastante confiáveis. O objetivo desse trabalho foi verificar a potabilidade da água de consumo na zona rural de Pelotas/RS. Foram coletadas amostras de água das torneiras das cozinhas de 4 escolas e da residência de 41 alunos dessas. Após sanificação da torneira com álcool 70°GL, aguardou-se 30 segundos para sua atuação. A torneira foi aberta por 3 minutos e coletou-se 100mL de água em frascos tipo shott, devidamente esterilizados com 100μL de uma solução de tiossulfato de sódio a 10%. Os frascos, identificados e acondicionados em caixas isotérmicas, foram levados ao laboratório para análise. A pesquisa de coliformes seguiu a metodologia do número mais provável. Utilizou-se 3 tubos com caldo Rapid Coliform Both por diluição, empregando-se, no mínimo, três diluições por amostra. Para contagem de heterotróficos, semeou-se 1 ml de 3 diluições no meio Plate Count Agar, em duplicata e incubou-se por 48 h. No momento da coleta foi aplicado um questionário. Das amostras residenciais, todas utilizavam água de poço freático, e apenas uma escola e uma residência recebem água de abastecimento público. Dos poços, 86,1% eram constituídos de tijolos e 45% eram rebocados. 97,6% destes continham tampa, sendo que 68,3% eram de cimento, 17,1% de madeira e 14,6% de outros materiais. 84,4% utilizam caixas d’água e estas são em sua maioria de polietileno (73,7%) e fibrocimento (15,8%). Dessas caixas, 97,4% possuem tampa e 81,6% destas utilizam a tampa original, 5,3% tampa de madeira e 5,3% de plástico e 7,8% de outros materiais. Quanto a análise microbiológica, 17,8% apresentaram valores acima do estabelecido pela legislação quanto à contagem de microrganismos heterotróficos (500 UFC/ml). Quanto aos coliformes totais, o indicado é sua ausência, no entanto, 95,6% das amostras continham esses microrganismos. Já os coliformes termotolerantes foram encontrados em 53,3% das amostras, quando o ideal seria sua ausência. A análise dos parâmetros em conjunto nos mostra que 95,3% das amostras estão fora dos padrões da legislação. 84,4% dos entrevistados afirmaram não fazer tratamento da água antes do consumo, 6,7% realizam a fervura e 6,7% usam cloro para desinfecção da água. Com os resultados obtidos, conclui-se que a água obtida na zona rural de Pelotas encontra-se vulnerável a contaminação e seu consumo pode representar risco à saúde da população.


Palavras-chave:  água, água de consumo, microrganismos