XXI ALAM
Resumo:552-1


Poster (Painel)
552-1Diversidade de Archaea em um reservatório de petróleo terrestre.
Autores:Karen Freire Carvalho (IFSC-USP - Instituto de Física de São Carlos /Universidade de São Paulo) ; Julia Mara Martins (IFSC-USP - Instituto de Física de São Carlos /Universidade de São Paulo) ; Antonia Garcia Torres Volpon (CENPES - PETROBRAS - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo A. M. de Mello) ; Nelma Regina Segnini Bossolan (IFSC-USP - Instituto de Física de São Carlos /Universidade de São Paulo)

Resumo

A análise da comunidade microbiana associada a reservatórios de petróleo tem sido baseada em métodos molecularespara a compreensão de sua composição e dinâmica. Um dos métodos moleculares inclui o sequenciamento de fragmentos de 16S DNAr, extraídos e amplificados a partir da amostra de fluídos de poços de produção, com posterior pesquisa nos bancos de dados disponíveis e análise filogenética das sequências obtidas. A partir desse método, o presente trabalho teve como objetivo contribuir para a caracterização da comunidade microbiana de reservatórios de petróleo terrestres, particularmente de micro-organismos do domínio Archaea, analisando-se amostras da água de injeção (AI) e dos fluidos de produção (água/óleo) de dois poços de um reservatório de petróleo da região nordeste do Brasil. A temperatura e salinidade médias, in situ, dos fluidos dos poços eram de 50oC e 5,3% (g/L de NaCl), respectivamente. O reservatório recebeu injeções contínuas de CO2 por mais de 15 anos, com o objetivo de melhora na recuperação do óleo. O DNA total obtido a partir das amostras foi amplificado por PCR tendo como alvo o fragmento de 16S DNAr. Os pares de primers específicos para os domínios Archaea utilizados foram 21f e 1041r. As sequências obtidas foram analisadas nos programas Chromas e BioEdit e submetidas a um banco de dados utilizando o programa BLAST (Basic Local AlignmentSearch Tool) para uma análise preliminar de identificação do micro-organismo mais semelhante. Dezoito sequências foram analisadas e apresentaram entre 93 e 100% de identidade com três espécies: Methanothermococcus thermolithotrophicus, Methanosaeta thermophila e Methanosaeta harundinacea. Estas espécies são descritas como metanogênicas, gerando metano a partir de substratos como acetato (no caso de Methanosaeta ssp) ou a partir de hidrogênio e dióxido de carbono (Methathermococcus ssp). M. thermolithotrophicus e espécies do gênero Methanosaeta foram anteriormente detectadas em amostras de reservatórios de petróleo e com capacidade de crescimento em temperaturas superiores a 50oC. Populações autóctones de metanogênicas hidrogenotróficas e bactérias geradoras de hidrogênio, associadas ao processo de conversão do CO2 em metano, têm sido alvo de estudo para recuperação de reservatórios de petróleo utilizados para armazenamento de CO2. Agradecimentos: PETROBRAS e IFSC-USP


Palavras-chave:  Archaea, metanogênicas, petróleo, termófilas