XXI ALAM
Resumo:521-1


Poster (Painel)
521-1Determinação da sensibilidade de Staphylococcus aureus resistente à meticilina frente à vancomicina liberada controladamente por implantes poliméricos
Autores:Cláudia Souza (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei) ; Ana Flávia de Castro Resende (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei) ; Juliana Teixeira de Magalhães (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei) ; Adriana de Fátima Pereira (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei) ; Gisele Rodrigues da Silva (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei) ; Jaqueline Maria Siqueira Ferreira (UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei)

Resumo

Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)é um patógeno característico de infecções nosocomiais, mas já pode ser encontrado na comunidade.Este microrganismo é resistente a todos os antibióticos beta-lactâmicos, o que torna restrito e difícil o seu tratamento. O desenvolvimento de implantes poliméricos biodegradáveis e de liberação controlada de antibióticos aponta uma nova perspectiva sobre a terapia convencional. Eles proporcionam ação direcionada sobre a infecção, aumentando a seletividade, diminuindo a toxicidade do fármaco e mantendo o índice terapêutico constante. Neste trabalho, tem-se por objetivo, avaliar a sensibilidade do MRSA presentes em meios de cultura frente à vancomicina liberada controladamente por implantes biodegradáveis constituídos de poli (D,L-láctico-glicólico) (PLGA).Os implantes foram previamente esterilizados por exposição à luz ultravioleta por 60 minutos. Em cada erlenmeyer, contendo 10 mL de caldo nutriente, um implante foi colocado e inoculadas as concentrações de 102 e 105 UFC/mL de MRSA. Foram feitos meios controles com essas mesmas concentrações do microrganismo, sem adição do implante. Uma alíquota de 1 mL de cada meio foi retirada e diluída sete vezes. Para cada diluição, 0,1 mL foram retirados e então espalhados em placas de Petri contendo ágar nutriente e incubadas a 37°C durante 24 horas. Esse procedimento foi realizado nos tempos 0h, 6h, 12h, 24h, 32h e 48h, contados a partir da adição do implante e do microrganismo nos erlenmeyers.Como resultado,foi observado com a contagem de unidades formadoras de colônias, que o número de microrganismos diminuiu progressivamente, até 12 horas, em função da liberação da vancomicina presente nos implantes poliméricos.A partir desse tempo, não foi mais observado o crescimento da bactéria, demonstrando que o fármaco lixiviado dos sistemas eliminou completamente este microrganismo. Em relação ao meio controle, houve crescimento progressivo do MRSA. Os implantes poliméricos propiciaram a liberação controlada da vancomicina, por tempo prolongado, e permitiram eliminar o MRSA presente em meio de cultura, em diferentes concentrações, mostrando-se um sistema eficaz e passível de utilização contra esse microrganismo. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, UFSJ


Palavras-chave:  Biodegradação, Fármaco, Liberação controlada, Staphylococcus aureus, Vancomicina