XXI ALAM
Resumo:515-1


Poster (Painel)
515-1Fatores de virulência de Bacteroides fragilis isoladas de amostras fecais de cães
Autores:Ana Catarina Martins Reis (UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA) ; Janice Oliveira Silva (UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA) ; Bruno Jaegger Laranjeira (UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA) ; Adriana Queiroz Pinheiro (UECE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARA) ; Cibele B. M. de Carvalho (UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA)

Resumo

Bacteroides fragilis é uma bactéria anaeróbia obrigatória e não formadora de esporos. Faz parte da microbiota normal de homem e animais. B. fragilis é considerada um patógeno oportunista clinicamente importante associada com infecções intra-abdominais, abscessos, bacteremias e infecções em tecidos moles, sendo muito estudada devido a seu caráter patogênico, seus fatores de virulência e sua resistência a antibióticos. O objetivo desse estudo foi avaliar os fatores de virulência e determinar o perfil de sensibilidade a antimicrobianos de B. fragilis isolados de amostras fecais de cães. As amostras foram coletadas na Clinica Veterinária da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e processadas no Laboratório de Bacteriologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Foram analisadas 13 cepas da espécie B. fragilis provenientes de cães saudáveis e com idade abaixo de 1 ano. Foram excluídos do estudo animais que fizeram uso de antibiótico no período inferior a três meses. As cepas foram identificadas por métodos bioquímicos- fisiológicos. Foram avaliadas fenotipicamente a produção de hemolisinas e hemaglutininas, resistência à temperatura, hidrofobicidade, presença da enzima β- lactamase e cápsula. Para determinação do perfil de sensibilidade a clindamicina, metronidazol, cloranfenicol e penicilina foi utilizada a técnica de diluição em ágar, de acordo com o CLSI. Todas as cepas de B. fragilis apresentaram sensibilidade à temperatura e não produziram hemólise. Ao utilizar o método de Hiss para detecção de cápsula, verificou-se que todas as cepas eram encapsuladas. Com relação à produção de hemaglutininas, 38% das cepas apresentaram hemaglutinação quando utilizado sangue canino e 15% em sangue humano (A+). Das cepas estudadas, 7% apresentaram uma superfície celular hidrofóbica. No total, 61% das cepas apresentaram teste da β- lactamase positivo. Todos os isolados foram sensíveis ao metronidazol e cloranfenicol e resistentes à penicilina. A taxa de resistência à clindamicina foi de 69,2%. Esse estudo mostrou que espécies de B. fragilis isolados da microbiota normal de cães apresentaram fatores de virulência importantes para sua patogenicidade e uma alta taxa de resistência para a clindamicina.


Palavras-chave:  Bacteroides fragilis, fatores de virulência, cães, resistência a antimicrobianos