XXI ALAM
Resumo:488-1


Poster (Painel)
488-1Identificação de Staphylococcus coagulase-negativa de peritonites em diálise peritoneal: comparação do esquema simplificado com métodos moleculares
Autores:Carlos Henrique Camargo (FMB - UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP / IBB - UNESP - Instituto de Biociências de Botucatu - UNESP) ; Taíse Moraes (IBB - UNESP - Instituto de Biociências de Botucatu - UNESP) ; Jacqueline Teixeira Caramori (FMB - UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP) ; Alessandro Lia Mondelli (FMB - UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP) ; Augusto Cezar Montelli (FMB - UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza Cunha (IBB - UNESP - Instituto de Biociências de Botucatu - UNESP) ; Pasqual Barretti (FMB - UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP)

Resumo

As peritonites bacterianas se mantem como a principal causa de falência da diálise peritoneal (DP). Os agentes mais frequentes dessas manifestações são as espécies de Staphylococcus. Apesar do pior prognóstico relacionado às peritonites por S. aureus, os estafilococos coagulase-negativa (ECN) são os micro-organismos mais frequentemente isolados, e que, preocupantemente, apresentam maiores taxas de resistência antimicrobiana. Certas espécies de ECN, como S. lugdunensis, S. schleiferi e S. warneri, podem ainda apresentar pior curso de evolução de um episódio que as demais. A identificação destes agentes, portanto, pode auxiliar na conduta terapêutica e melhorar o prognóstico. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho do esquema simplificado (ES) de identificação de Cunha et al. (2004) com metodologias moleculares. Para tanto, foram avaliados 108 isolados de ECN recuperados de efluente peritoneal de pacientes em DP apresentando peritonites confirmadas clinicamente. As amostras foram coletadas entre 1994 e 2011, de pacientes atendidos na Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), SP, Brasil. Os isolados foram submetidos à identificação fenotípica pelo esquema simplificado e ao ITS-PCR. Discrepâncias foram resolvidas por espectrofotometria de massa MALDI-TOF (Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization – Time-Of-Flight). A identificação final (padrão-ouro) foi a obtida no ITS-PCR ou MALDI-TOF. Deste modo, foram identificados 69 (63,9%) S. epidermidis, 11 (10,2%) S. haemolyticus, 8 (7,4%) S. warneri, seis S. cohnii, quatro S. saprophyticus, quatro S. hominis, dois S. capitis, um S. xylosus, um S. pasteuri, um S. lugdunensis e um S. caprae. O esquema simplificado apresentou concordância de 92,6% com o padrão-ouro. Estes resultados confirmam S. epidermidis como o agente mais frequente nas peritonites por ECN, mas, ilustram também a diversidade de espécies que podem estar envolvidas nestas infecções. Pode-se concluir, ainda, que o esquema simplificado é uma ferramenta útil e recomendável para a identificação dos ECN mais frequentemente isolados de peritonites em diálise peritoneal, por apresentar boa correlação com os métodos moleculares. Apoio Financeiro: FAPESP (2009/15727-8; 2009/12052-0).


Palavras-chave:  Diálise peritoneal, Identificação, Peritonites, Staphylococcus