XXI ALAM
Resumo:486-2


Poster (Painel)
486-2PERFIS DE SUSCEPTIBILIDADE DE LEVEDURAS FRENTE A EXTRATOS BRUTOS ETANÓLICOS DE TRÊS DIFERENTES PRÓPOLIS BRASILEIRAS
Autores:Bruna Pippi (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Rose Vanessa Bandeira Reidel (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Aline Jacobi Dalla Lana (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Renata Cougo Moraes (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Vanessa Zafaneli Bergamo (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Gilsane Lino Von Poser (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Alexandre Meneghello Fuentefria (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

INTRODUÇÃO: Própolis é formada por material resinoso coletado das plantas pelas abelhas, apresentando composição química complexa e variada. A própolis tem sido estudada devido às propriedades antibacteriana, antifúngica, antiviral, antiinflamatória, hepatoprotetora, antioxidante, antitumoral e imunomodulatória. O objetivo desse trabalho foi comparar os perfis de susceptibilidade dos extratos brutos etanólicos de própolis vermelha, verde e nativa frente a isolados clínicos de Candida não-albicans. MATERIAIS E MÉTODOS: A própolis nativa foi comprada de um apiário no Rio Grande do Sul, Brasil. A própolis verde e vermelha foram adquiridas do Natucentro ® (Minas Gerais, Brasil). As amostras foram submetidas a extração com etanol e foi realizado um screening (500μg/mL) para verificar a atividade inibitória frente a C. glabrata, C. krusei, C. parapisilosis e C. tropicalis. Foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos extratos, pelo método da microdiluição em caldo de acordo com o documento M27-A3 do Clinical Laboratory and Standards Institute (CLSI, 2008), utilizando três isolados clínicos de cada espécie. Posteriormente foi avaliada a Concentração Fungicida Mínima (CFM). DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: A própolis verde não apresentou atividade inibitória frente às espécies testadas; a própolis vermelha e a nativa mostraram-se ativas contra todas as cepas. A própolis vermelha apresentou os menores valores de CIM para a espécie de C. glabrata (7,81 a 31,25 µg/mL). A espécie mais suscetível à própolis nativa foi a C. parapisilosis (62,5 a 125 µg/mL). Para a maioria das cepas, os extratos apresentaram características fungistáticas. A própolis vermelha foi fungicida para dois isolados de C. tropicalis e a um isolado de C. krusei (CFM=500 µg/mL). A própolis nativa foi fungicida para C. krusei (125 a 500 µg/mL), para C. tropicalis (500 µg/mL) e para uma cepa de C. parapisilosis (500 µg/mL). CONCLUSÃO: Através deste estudo observou-se diferença nos perfis de susceptibilidade dos extratos testados. A própolis nativa e a própolis vermelha mostraram atividade antifúngica importante frente a leveduras emergentes, sendo necessários estudos de caracterização das substâncias para, assim, prospectar novos fármacos.


Palavras-chave:  Atividade Antifúngica, Leveduras, Própolis