XXI ALAM
Resumo:483-1


Poster (Painel)
483-1AVALIAÇÃO MOLECULAR DE Dengue virus EM LARVAS DE Aedes EM UMA REGIÃO ENDÊMICA MINEIRA.
Autores:Michelli Santos (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Martinelle Ferreira da Rocha Taranto (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Ana Cláudia Santos Pereira Andrade (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Vidyleison Neves Camargos (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Juliano Paula Souza (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Karina Marjorie Silva Herrera (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Stênio Nunes Alves (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Luciana Lara Santos (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; José Carlos Magalhães (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Erna Geessien Kroon (UFMG/ICB - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Leandra Barcelos Figueiredo (UFMG/ICB - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Jaqueline Maria Siqueira Ferreira (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei)

Resumo

Dengue é causada por um arbovírus, membro da família Flaviviridae, cujo genoma é constituído de RNA fita simples com polaridade positiva. O Dengue virus (DENV) é classificado em quatro sorotipos (DENV-1, 2, 3 e 4) que são genética e antigenicamente distintos, porém epidemiologicamente similares. Os vírus co-circulam nas áreas endêmicas, nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, e são transmitidos aos seres humanos através da picada de mosquitos infectados do gênero Aedes, principalmente A.aegypti e A. albopictus. Atualmente, não existem agentes antivirais ou vacinas para o tratamento e prevenção da doença e a situação epidemiológica de dengue em Minas Gerais é considerada de alta endemicidade. Divinópolis já se encontra entre as 30 cidades com maior número de casos do Estado, totalizando 108 notificações em 2012. Assim, o objetivo deste trabalho foi fazer a detecção de DENV a partir de larvas A. aegypti/ A. albopictus coletadas em Divinópolis entre os meses de abril/2011 a março/2012. Neste contexto, armadilhas do tipo ovitrampas contendo palhetas de madeira foram utilizadas para coleta de ovos de Aedes em um total de 44 estabelecimentos públicos da cidade. Estes ovos foram contados, colocados para eclosão em água contendo ração de peixe por seis dias, e as larvas em estágios L3 e L4 foram identificadas através de diferenças morfológicas em A. aegypti/ A. albopictus, e armazenadas a -80 ºC. A extração do RNA viral foi feita com kit QIAGEN e a RT-PCR foi realizada para detecção do RNA viral utilizando iniciadores descritos por Lanciotti et al. (1992). Um total de 10.035 larvas foram armazenadas em 334 pools contendo até 30 larvas cada um. As larvas foram eclodidas, sendo 76% identificadas como A. aegypti e 24% como A. albopictus. Até o momento, foi feita a extração do RNA viral de 1.686 larvas coletadas (16,7%) e foi detectada a presença de DENV em um pool de A. aegypti no mês de maio/2011, representando 1,7% de positividade. Estes valores são considerados baixos, porém comprovam que ocorre a transmissão transovariana do vírus na natureza e que o vírus está circulando em Divinópolis. Estes dados são importantes para que sejam intensificadas as ações preventivas à proliferação do vetor, diminuindo, assim, as taxas de letalidade e mortalidade no município. Posteriormente, a tipagem viral será realizada para a identificação do sorotipo circulante.


Palavras-chave:  Aedes, Divinópolis, Dengue vírus, RT-PCR