XXI ALAM
Resumo:470-1


Poster (Painel)
470-1Projeto de Biorreator de Bancada para a biorremediação de solos
Autores:Francisco Maciel Monticeli (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Natalia Jordão Guedes Teles (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda)

Resumo

Os biorreatores simulando biopilhas são sistemas fechados de tratamento onde pode ocorrer um maior controle sobre as variantes do sistema, além do mais, apresentam a possibilidade de coletar e tratar gases produzidos durante a degradação dos contaminantes. De acordo com o volume de solo contaminado a ser tratado, os biorreatores podem necessitar de um espaço reduzido em comparação com outros métodos de tratamento. Este trabalho teve como objetivo projetar e avaliar biorreator de bancada na biorremediação de solo contaminado com diesel B5. Os biorreatores foram construídos empregando isopor para garrafa de cerveja de 1 L de capacidade, provido de dreno inferior, tubulação de entrada de ar, camada de brita para espalhamento do ar de entrada, tela fina de nylon, vedação de silicone. A vazão de ar injetada no sistema foi controlada por rotâmetros, posicionados antes de cada biorreator. O solo foi artificialmente contaminado com diesel B5 e a umidade controlada em 50% da capacidade de campo estimada (30,5%). Os nutrientes foram adicionados ou não a fim de se estabelecer relação nutricional C:N:P de 100:10:1 e o microcosmo recebeu ou não o consórcio microbiano. Os tratamentos empregados foram atenuação natural monitorada – ATN-AR (sem nutrientes); bio-estímulo com bio-aumento – BEA-AR (com nutrientes e consórcio microbiano). A fim de ser comparar os biorreatores estáticos, sem aeração, foram montados reatores idênticos, sob as mesmas condições experimentais, mas sem o sistema de aeração: ATN-SAR; BEA-SAR. Os resultados obtidos após 125 dias apontam uma degradação dos n-alcanos em cada tratamento de 48,3% (ATN-AR) e 94,5% (BEA-AR) para os reatores aerados; 12,3% (ATN-SAR) e 78,0% (BEA-SAR), para os reatores sem aeração. A diferença entre os tratamentos por atenuação natural e bioestímulo com bioaumento foi significativa para os reatores aerados e não aerados, mostrando que o ajuste nutricional e a aeração dos biorreatores proporcionaram a biorremediação dos n-alcanos. Entretanto, quando se compara os sistemas ATN-AR e ATN-SAR, pode-se afirmar que a aeração tem significativa influência sobre a biorremediação. Conclui-se que os biorreatores projetados podem ser empregados em estudos de biorremediação de solo. Agradecimento: CNPq


Palavras-chave:  biorreator, biorremediação, diesel B5, inóculo, solo