XXI ALAM
Resumo:448-1


Poster (Painel)
448-1RADIORRESISTÊNCIA E A DISTRIBUIÇÃO E NÚMERO DE NÚCLEOS EM FORMAS DE DOIS FUNGOS PATOGÊNICOS HUMANOS, Paracoccidioides brasiliensis e Candida albicans
Autores:Marina Cortez Demicheli (IMTSP - LIM 49 - Instituto de Medicina Tropical) ; Michel Rodrigues Ferreira Grillo (IMTSP - LIM 49 - Instituto de Medicina Tropical) ; Gilda M. B. Del Negro (HC-FMUSP - IMTSP - LIM-53 Hospital das Clinicas da FMUSP e IMTSP/USP) ; Sarah Desirée Barbosa Cavalcanti (HC-FMUSP - IMTSP - LIM-53 Hospital das Clinicas da FMUSP e IMTSP/USP) ; Maria da Glória Teixeira de Sousa (HC-FMUSP - IMTSP - LIM-53 Hospital das Clinicas da FMUSP e IMTSP/USP) ; Heitor Franco de Andrade Jr. (IMTSP - LIM 49 - Instituto de Medicina Tropical)

Resumo

O potencial da radiação ionizante como uma tecnologia capaz de atenuar patógenos para utilização como vacina é conhecida desde os anos 50. Fungos são os organismos nucleados mais resistentes a radiação ionizante, com doses 20x maiores para esterilização. Paracoccidioides brasiliensis é um fungo termo-dimórfico agente causador da paracoccidioidomicose (PCM), que é uma doença crônica granulomatosa e oitava endemia mais frequente no país. Candida albicans é a espécie fúngica mais frequente em doença humana, sendo responsável por 40% das fungemias na América Latina. Aqui, estudamos o efeito da radiação de 60Co em diferentes doses ( 0,32 a 10kGy) nos fungos patogênicos, Paracoccidioides brasiliensis (Pb cão) e Candida albicans (ATCC 64548). Foram estudadas suas formas de resistência, leveduras e micélios, por microscopia confocal da distribuição nuclear por fluorescência após ligação com Acridine Orange e/ou Brometo de Etídio antes e após irradiação, medindo-se a viabilidade celular e a distribuição de núcleos. A análise da morfologia celular demostrou que os fungos apresentavam distribuição nuclear e morfologia semelhante ao controle quando irradiados com menos que 2.5kGy, sendo a distribuição nuclear diretamente relacionada com a radiorresistência. Estudos de crescimento após exposição à radiação em modelo dose resposta para 50% de morte mostraram que formas unicelulares, conídios ou clamidosconídios, tem menor radiorresistência que micélio ou leveduras, tanto para C. albicans quanto para P. brasiliensis, apesar da intensa diferença de velocidade de crescimento. A viabilidade de ambos os fungos é muito comprometida pela radiação em todas as doses analisadas, demonstrada pela presença de células sem núcleos ou células contendo apenas RNA (AO), mas são sempre visíveis núcleos isolados corados em pequeno número. A estrutura nuclear e celular é um fator importante na radiorresistência de fungos, devendo ser escolhidas formas uninucleadas para esterilização por radiação e produção de vacinas.


Palavras-chave:  Candida albicans, Núcleos, Paracoccidioides brasiliensis, Radiação gama, Radiorresistência