XXI ALAM
Resumo:447-1


Poster (Painel)
447-1Caracterização fenotípica de EPEC atípicas provenientes de gato, cães e humanos
Autores:Marta de Oliveira Domingos (IBU - Instituto Butantan) ; Cristiane Moda Mota (IBU - Instituto Butantan) ; Bruna de Sousa Melo (IBU - Instituto Butantan) ; Raphael César Lima (IBU - Instituto Butantan) ; Rosely Cabette Barbosa Alves (IBU - Instituto Butantan) ; Marcia Regina Franzolin (IBU - Instituto Butantan)

Resumo

Foi demonstrado anteriormente que EPEC atípicas pertencentes ao sorotipo O111:H25 isoladas de cães e gatos possuem várias características genéticas em comum com cepas isoladas de humanos. Todavia, a habilidade dessas cepas de colonizar células humanas e formar biofilme em superfícies abióticas nunca foi verificada. Nesse estudo determinamos a capacidade dessas amostras (sendo duas provenientes de cães, uma de gato e duas de humanos) de aderir ao vidro, a células epiteliais e fibroblastos humanos bem como a capacidade das mesmas de formar biofilme em superfície abiótica. Os resultados obtidos através de microscopia óptica mostraram que todos os isolados analisados foram capazes de: invadir e infectar fibroblastos, aderir a células epiteliais humanas derivadas do cólon e com exceção de uma amostra derivada de cão todas foram capazes de aderir ao vidro. Verificamos através de ensaios colorimétricos com cristal violeta que independente da origem, as amostras formaram biofilme melhor a temperatura de 26 °C, exceto amostra derivada de cão que não formou biofilme. Os resultados obtidos com a técnica de PCR mostraram que todas as amostras analisadas foram positivas para os genes crl e csgA referentes a fímbria curli. Todavia verificamos através do cultivo em ágar vermelho congo que a amostra derivada de gato não expressou essa fímbria. Observamos também através de PCR que apenas as amostras derivadas de cães foram positivas para o gene fimH referente a fímbria do tipo I, muito embora o ensaio de aglutinação com Sacharomyces cerevisae tenha mostrado que 80% das amostras testadas expressaram a fímbria do tipo I. Resultados obtidos através do cultivo das amostras em ágar contendo calcofluor mostraram que apenas as amostras provenientes de animais domésticos foram capazes de produzir celulose, exopolissacarídeo necessário para aderência das bactérias e proteção contra as adversidades ambientais. Em resumo, os resultados indicam que as amostras de EPEC atípicas provenientes de animais domésticos analisadas nesse estudo são capazes de colonizar e infectar células humanas além de apresentaram resistência à exposição ambiental.


Palavras-chave:  EPECa, Biofilme, Fímbria