XXI ALAM
Resumo:441-1


Poster (Painel)
441-1AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ADERÊNCIA E GENOTIPAGEM DE ISOLADOS CLÍNICOS DE C. albicans ORIUNDOS DE PACIENTES COM CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
Autores:Mariana Araújo Paulo de Medeiros (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Ana Patrícia Vieira de Melo (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Walicyranison Plinio da Silva (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Alysson Marx Maia de Souza (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Edilson Dias de Araújo (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Eveline Pipolo Milan (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Guilherme Maranhão Chaves (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

Candidíase vulvovaginal (CVV) acomete cerca de 75% das mulheres em idade reprodutiva, sendo a maioria dos casos (80 a 90%) devido à C. albicans. Atributos de virulência em CVV são pouco investigados, bem como a fonte da infecção permanece incerta. Este trabalho tem por finalidade avaliar a capacidade de aderência a células epiteliais e determinar diferentes genótipos de isolados clínicos de C. albicans sequencialmente obtidos de ânus e vagina de pacientes com provável CVV. Foram analisados 52 isolados clínicos de C. albicans (30 isolados vaginais e 22 isolados anais). As leveduras foram triadas através de semeio em meio cromogênico CHROMagar Candida® e identificadas pela prova do microcultivo em ágar fubá adicionado de tween 80 e metodologia clássica (assimilação e fermentação de carboidratos), bem como foram caracterizadas fenotipicamente quanto à capacidade de aderir a células epiteliais bucais humanas (CEBH). Para a avaliação da variabilidade genotípica, empregou-se a técnica de genotipagem ABC. Não se observou diferença estatisticamente significativa quando se comparou a capacidade de aderência dos isolados vaginais infectantes com aquela apresentada pelos isolados anais colonizantes (p>0,05), de uma forma geral. Contudo, no início da infecção, antes do tratamento com drogas antifúngicas, a cepa infectante vaginal tendeu a ser mais aderente que a cepa colonizante anal. Observa-se que a redução nos sinais e sintomas de CVV acompanha, na maioria das vezes, redução na capacidade de aderência. O genótipo A foi o mais prevalente (91,8%), seguido do genótipo C (8,2%), independente do sítio de isolamento (vagina ou ânus). O mesmo genótipo ABC foi encontrado em cepas pares anais e vaginais, oriundas de uma mesma paciente. Houve manutenção do mesmo genótipo das cepas de C. albicans obtidas sequencialmente da mesma paciente. O isolado anal colonizante possui a mesma capacidade de aderir às CEBH in vitro que o isolado vaginal que está causando um processo infeccioso. Verifica-se que há uma possível associação entre as manifestações clínicas de CVV e o uso de antifúngicos com a capacidade de aderência dos isolados. O genótipo A demonstra ser o mais prevalente, tanto em isolados vaginais quanto em isolados anais de pacientes com CVV. Sugere-se que o reservatório anal constitui uma possível fonte de C. albicans para a infecção vaginal.


Palavras-chave:  Candida albicans, Aderência a células epiteliais, Genotipagem ABC, Candidíase vulvovaginal