XXI ALAM
Resumo:396-1


Poster (Painel)
396-1Perfil de susceptibilidade de Mycobacterium abscessus subsp. abscessus e Mycobacterium abscessus subsp. bolletii utilizando-se método de microdiluição - Sensititre® RAPMYCO (TREK Diagnostic Systems).
Autores:Artemir Coelho de Brito (FCF-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas) ; Juliana Coutinho Campos (FCF-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas) ; Darlan Augusto da Costa Rocha (FCF-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas) ; Elsa Masae Mamizuka (FCF-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas) ; Jorge Luiz Mello Sampaio (FCF-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas / FLEURY - Instituto Fleury)

Resumo

As micobactérias de crescimento rápido (MCR) causam infecções pulmonares, infecções relacionadas a traumas cutâneos e aos cuidados com a saúde. Foram avaliados os perfis de sensibilidade de 23 isolados de MCR (14 isolados de Mycobacterium abscessus subsp. abscessus e 09 isolados de Mycobacterium abscessus subsp. bolletii) utilizando-se método de microdiluição - Sensititre® RAPMYCO (TREK Diagnostic Systems), incubados por 72h a 30°C. A atividade antimicrobiana foi avaliada para amicacina, amoxicilina/ácido clavulânico 2/1, claritromicina, cefepime, ciprofloxacino, ceftriaxona, cefoxitina, doxiciclina, minociclina, moxifloxacina, linezolida, imipenem, sulfametoxazol/trimetoprim e tigeciclina. O controle de qualidade foi realizado com Mycobacterium peregrinum ATCC 700686 e Staphylococcus aureus ATCC 29213 (CLSI – Documento M24-S1). As concentrações inibitórias mínimas foram determinadas de acordo com o CLSI (Documento M24-A). Todos os isolados foram 100% sensíveis à amicacina e tigeciclina; e, 100% resistentes à amoxicilina/ácido clavulânico, ceftriaxona, doxiciclina e minociclina. Cerca de 64% dos isolados de M. abscessus subsp. abscessus são sensíveis à cefoxitina, sendo que 66% dos M. abscessus subsp. bolletii possuem sensibilidade reduzida a este antimicrobiano. A maioria dos isolados são resistentes à ciprofloxacina e moxifloxacina (57% em M. abscessus subsp. abscessus e 77% em M. abscessus subsp. bolletii; 92% em M. abscessus subsp. abscessus e 77% em M. abscessus subsp. bolletii, respectivamente); possuem sensibilidade reduzida à imipenem (50% em M. abscessus subsp. abscessus e 66% em M. abscessus subsp. bolletii); e, são sensíveis à linezolida (50% em M. abscessus subsp. abscessus e 88% em M. abscessus subsp. bolletii). Cerca de 92% dos isolados de M. abscessus subsp. abscessus e 88% de M. abscessus subsp. bolletii eram sensíveis à claritromicina após 72h, porém, quando incubados por mais 14 dias tornaram-se resistentes a este antimicrobiano, indicando a presença de RNA metilase que levam à uma indução na resistência à macrolídeos, importantes no tratamento destas infecções.Diante da diversidade dos resultados obtidos por este método, faz- se necessário a realização de teste de sensibilidade de todos os isolado envolvido nestas infecções e a concentração de esforços na busca de novas opções terapêuticas, pois o tratamento para MCR torna-se difícil pelo baixo número de drogas disponíveis.


Palavras-chave:  Mycobacterium abscessus subsp. abscessus, Mycobacterium abscessus subsp. bolletii, resistência