XXI ALAM
Resumo:394-1


Poster (Painel)
394-1Cryptococcus luteolus isolado de cloaca de maritacas (Aratinga leucophthalma) mantidas em cativeiro
Autores:Mário Tatsuo Makita (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Daniel Paiva Barros de Abreu (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Yuri Duarte Porto (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Larissa Correia de Amorim (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Daniel Marchesi Neves (CETAS - Centro de Triagem de Animais Silvestres do Rio de Janeiro) ; Sérgio Gaspar de Campos (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Francisco de Assis Baroni (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

Resumo

Leveduras do gênero Cryptococcus são frequentemente isoladas de excretas de pombos, principalmente C. neoformans e C. gattii, mas também existem relatos de isolamentos a partir de excretas de passeriformes e psittaciformes. As espécies de maior importância clínica são C. neoformans e C. gattii, sendo a primeira agente da criptococose que atinge principalmente indivíduos imunodeficientes, e a segunda, a que atinge imunocompetentes. Cryptococcus luteolus, objeto desta pesquisa, assim como outras espécies, já foram isolados de casos clínicos, porém com menor frequência. As amostras foram coletadas em maritacas (Aratinga leucophthalma) mantidas temporariamente em cativeiro no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Seropédica – RJ). A coleta foi realizada através de passagem de “swab” estéril na região da cloaca e de um segundo “swab” entre as penas da ave, nas regiões dorsal e ventral. O material foi transportado para o Laboratório de Leveduras Patogênicas e Ambientais – Instituto de Veterinária - UFRRJ. Os “swabs” foram estriados em meio Sabouraud dextrose (4%) e em meio de cultivo com dopamina. As colônias foram analisadas de forma macro e micromorfológica, objetivando separar aquelas de características leveduriformes. As leveduras foram identificadas através de testes de assimilação de fontes carbonadas e nitrogenadas (auxanograma), fermentação negativa, prova de produção de urease, síntese de amido e provas complementares. Das 10 aves submetidas à amostragem, totalizando 20 “swabs”, foram isoladas 4 amostras de Cryptococcus luteolus, sendo 3 destas da região da cloaca e 1 de entre as penas. A obtenção destas amostras apresenta importância quando consideramos que este é provavelmente o primeiro relato de isolamento, principalmente a partir desta espécie aviária. O fato remete a considerações acerca da patogenicidade ou não das cepas isoladas, ponto que consideramos positivo ser averiguado. Se considerarmos que estas aves estão em reabilitação e que podem ter sido submetidas a maus tratos antes de serem recuperadas, devemos aventar a possibilidade de imunossupressão decorrente ao estresse, facilitando uma infecção. Verificamos que um grande número de fungos filamentosos e leveduriformes pode ser isolado de material proveniente de cloaca e da pele, na região dorsal e ventral de Aratinga leucophthalma. Além de Cryptococcus neoformans, espécie mais conhecida, Cryptococcus luteolus também pode ser isolado de material fecal, no caso específico de A. leucophthalma e que esta mesma espécie também pode ser isolada a partir da pele, o que pode significar grande importância veterinária e em saúde pública.


Palavras-chave:  Aratinga leucophthalma, Cryptococcus luteolus, Isolamento, Maritaca