XXI ALAM
Resumo:375-3


Poster (Painel)
375-3Perfil de virulência e resistência de Staphylococcus aureus isolados de idosos institucionalizados na cidade de Bauru/SP
Autores:Camila Sena Martins de Souza (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Mônica da Silveira (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Ariane Rocha Bartolomeu (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

Idosos residentes em casas de repouso representam um grupo estratégico para investigação da epidemiologia do Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA). O objetivo do trabalho foi identificar o perfil de resistência mediante a detecção do gene mecA e caracterização do SCCmec, a prevalência dos genes de virulência, através da detecção do gene da leucocidina Panton-Valentine (lukS-PV e lukF-PV), toxina da síndrome do choque tóxico (tst), toxina esfoliativa A e B (eta e etb), hemolisina alfa e delta (hla e hld) e detecção da Concentração Inibitória Mínima (CIM) para Oxacilina, Trimetoprim/Sulfametoxazol, Clindamicina, Linezolida, Quinupristina/Dalfopristina e Vancomicina em 50 isolados de S. aureus provenientes de idosos residentes de oito casas de repouso da cidade de Bauru/SP. O gene de resistência à meticilina (mecA) e os genes de virulência (lukPV, tst, eta, etb, hla e hld) foram detectados através da reação em cadeia da polimerase (PCR) e SCCmec caracterizado pela PCR multiplex. A CIM foi avaliada pelo método de E-test. Entre os isolados, 24% (n=12) eram carreadores do gene mecA, provenientes de cinco diferentes casas de repouso. Oito isolados apresentaram o SCCmec tipo II, dois apresentaram o tipo IV e cinco isolados não foram tipados. Em relação aos fatores de virulência, os genes luk-PV, tst, eta e etb não foram detectados. Em contrapartida, os genes codificadores das hemolisinas alfa (hla) e delta (hld) foram detectados em 100% dos residentes. O MIC50 e o MIC90 para Oxacilina foram, respectivamente, 0,19 e 96µg/mL, para Trimetoprim/Sulfametoxazol 0,016 e 0,047 µg/mL, para Clindamicina 0,016 e >256µg/mL, para Linezolida 0,38 e 0,5µg/mL, para Quinupristina/Dalfopristina 0,25 e 0,5µg/mL e para Vancomicina 0,5 e 1,0µg/mL. Os resultados ressaltam a importância das hemolisinas por apresentarem atividade dermonecrótica em infecções de pele. Podemos observar uma grande resistência que pode ser explicada pelo fato dessas instituições manterem uma dinâmica de atendimento semelhante a dos hospitais, o que facilita a transmissão cruzada de patógenos, além disso, os idosos internam-se com frequência em hospitais. Por serem mais suscetíveis à infecção, representam um grupo em que a colonização por S. aureus é de grande risco não só para casas de repouso, mas também para a comunidade.


Palavras-chave:  resistência, Staphylococcus aureus, virulência