XXI ALAM
Resumo:356-1


Poster (Painel)
356-1ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS EM MACRÓFAGOS ALVEOLARES DE RATOS SUBMETIDOS À DESNUTRIÇÃO NEONATAL: ESTUDO DA INFECÇÃO CELULAR in vitro POR Staphylococcus aureus
Autores:Amanda Pedrosa (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Natália Morais (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Thacianna Costa (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Célia Castro (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Introdução: A infecção por Staphylococcus aureus constitui grave problema para a saúde pública, devido aos altos índices de morbidade e mortalidade. Este fato é decorrente, provavelmente, da existência de fatores intrínsecos do indivíduo, como agressões nutricionais precoces, que predispõe o surgimento de infecções mais graves e da capacidade desta bactéria resistir à ação microbicida do sistema imunológico inato. Objetivo: Analisar, em grupos de ratos nutridos (N) ou submetidos à desnutrição neonatal (D), a produção de superóxido (O2-) e óxido nítrico (NO) em macrófagos alveolares infectados, in vitro, com Staphylococcus aureus. Materiais e Métodos: Ratos machos Wistar (n=16) foram amamentados por mães cuja dieta na lactação continha 17% e 8% de proteína no grupo N e D. Os macrófagos alveolares (MA) foram coletados através da técnica do lavado broncoalveolar, após traqueostomia. Posteriormente, foram estabelecidos dois sistemas: controle (C), composto por MA; sistema teste (T), MA adicionados da cepa de Staphylococcus aureus. A produção de O2- foi avaliada em dois tempos, 1h e 2h. A quantificação NO baseou-se na reação de Griess, após 24h de incubação. Ambas as leituras foram realizadas em leitor de ELISA. Resultados: A desnutrição acarretou déficit da produção do O2- e de NO por MA, em todos os sistemas (p<0,05). Quanto ao O2-, houve aumento da produção da 1ª para a 2ª hora de incubação, nos sistemas (C e T) e nos grupos (N e D), (p<0,05). Entretanto, não foi observada diferença na produção de O2- intra-grupo, no que diz respeito ao sistema teste e controle, em nenhum dos momentos (N-C1h: 1,4±0,1nm/mL; N-C2h: 2,7±0,14nm/mL; N-T1h: 1,6±0,1nm/mL; N-T2h: 2,8±0,2nm/mL; D-C1h: 1,0±0,1nm/mL; D-C2h: 2,1±0,2nm/mL; D-T1h: 1,1±0,1nm/mL; D-T2h: 2,3±0,1nm/mL), p>0,05. Em relação à produção de NO, também não ocorreu diferença intra-grupo (N-C: 1,03±0,11µM/mL, N-T: 1,14±0,1µM/mL; D-C: 0,5±0,1µM/mL, D-T: 0,52±0,2µM/mL), p>0,05. Conclusão: O modelo de desnutrição neonatal comprometeu a atividade oxidante dos macrófagos alveolares. Entretanto, a produção de O2- e NO não diferiu entre os sistemas teste e controle. Com isto, pode-se sugerir que o Staphylococcus aureus conseguiu se evadir dos mecanismos microbicidas dos macrófagos, uma vez que os parâmetros imunológicos testados foram mantidos próximos aos valores referentes às condições normais das células.


Palavras-chave:  Desnutrição, Macrófagos, Staphylococcus aureus