XXI ALAM
Resumo:281-1


Poster (Painel)
281-1Perfil microbiológico de vacas com mastite antes e após tratamento com gentamicina
Autores:Thamires Martins (IZ - Instituto de Zootecnia) ; Lívia Castelani (IZ - Instituto de Zootecnia) ; Adriana Frizzarin (IZ - Instituto de Zootecnia) ; Heloisa Soldá de Azevedo (IZ - Instituto de Zootecnia) ; Thiago Pereira Motta (IZ - Instituto de Zootecnia) ; Juliana Rodrigues Pozzi Arcaro (IZ - Instituto de Zootecnia) ; Claudia Rodrigues Pozzi (IZ - Instituto de Zootecnia)

Resumo

A mastite é a principal causa de prejuízos aos produtores, pois diminui a produção e qualidade do leite e apresenta riscos a saúde do animal e do consumidor. Gentamicina é um dos antibióticos utilizados no tratamento de mastite bovina durante a lactação e que age inibindo a síntese protéica de alguns agentes Gram-positivos como Streptococcus spp., Staphylococcus spp., Corynebacterium spp. e algumas espécies Gram-negativas. O objetivo do estudo foi avaliar o perfil microbiológico de vacas com mastite clínica e subclínica antes e após o tratamento com gentamicina intramamária. Foram avaliados 15 quartos mamários que apresentaram mastite clínica através do teste de Tamis e 15 quartos mamários com mastite subclínica na Contagem de Células Somáticas (CCS). Os quartos afetados foram tratados com antibiótico intramamário (sulfato de gentamicina 150mg) durante três dias. Amostras de leite foram coletadas para avaliação microbiológica antes do início do tratamento e 12 dias após o último dia de tratamento. Os microrganismos foram isolados em agar sangue de carneiro 5%. Das amostras avaliadas, 76,67% apresentaram crescimento microbiológico, sendo observada uma redução do isolamento de 43,48% após o tratamento. Nos quartos mamários de animais com mastite clínica, foi observada a eliminação dos microrganismos Streptococcus spp., Staphylococcus coagulase negativa (SCN), Staphylococcus aureus e bacilos Gram-negativos após o tratamento. Staphylococcus coagulase positiva (SCP) foi isolado somente após o tratamento e Corynebacterium spp. manteve o crescimento antes e após o tratamento. Nos quartos mamários de animais com mastite subclínica ocorreu uma redução de Corynebacterium spp. (33,33%), Streptococcus spp. (60%), SCN (75%) e os bacilos Gram-negativos foram totalmente eliminados. Ocorreu crescimento de SCP e S. aureus somente após o tratamento. Nos casos de mastite clínica, foi observada a redução da maioria dos microrganismos. No entanto, observamos que alguns microrganismos não foram totalmente eliminados e que houve crescimento de estafilococos após o tratamento. Isso pode ser indicativo de que esses patógenos apresentaram resistência ao antibiótico utilizado ou podem ter agido como oportunistas. Diante disso, destaca-se a importância de traçar o perfil microbiológico dos patógenos envolvidos na mastite bovina antes de realizar o tratamento. O uso indiscriminado de agentes antimicrobianos propicia o aparecimento de cepas multirresistentes e compromete a eficiência do tratamento, tornando a mastite um problema persistente.


Palavras-chave:  Antibióticos, Leite, Bovinos