XXI ALAM
Resumo:273-2


Poster (Painel)
273-2Identificação molecular da diversidade bacteriana no mosto da cana-de-açúcar através de biblioteca de DNA ribossômico 16S
Autores:André Ribas de Miranda (NEM/UFPE - Núcleo de Engenharia Metabólica, UFPE) ; Felipe Lira de Sá Cavalcanti (CPQAM/FIOCRUZ - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fiocruz) ; Marcos Antonio de Morais Junior (NEM/UFPE - Núcleo de Engenharia Metabólica, UFPE)

Resumo

O álcool combustível é produzido a partir da fermentação industrial do caldo de cana e/ou melaço por leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae. Este processo ocorre em ambiente séptico, propenso à entrada de bactérias e outras leveduras, os chamados microrganismos selvagens. Estes microrganismos podem se instalar e promover episódios de contaminação que levam à queda no rendimento industrial. Faz-se necessário, portanto, a utilização de uma nova abordagem metodológica com base em técnicas moleculares independentes de cultivo que possibilitem o acesso a representantes bacterianos que não podem ser identificados pelas técnicas convencionais. No presente estudo propomos a construção de uma biblioteca do DNA ribossômico 16S do caldo de alimentação de duas usinas do Nordeste, a Japungu e a Miriri, através da clonagem e seqüenciamento de uma região variável do gene rDNA 16S, com primers específicos para o Domínio Bacteria. Esta técnica molecular é extremamente útil na afiliação filogenética de bactérias em espécies, gêneros e famílias. Atualmente tem sido enfatizado que não existe um sistema de classificação oficial para procariotos. Os sistemas de classificação contam por razões de ordem prática sobre métodos e não dependem de conceitos teóricos. O sistema mais amplamente usado é a pesquisa polifásica, com base na relação filogenética do rRNA 16S. Com base na metodologia foram encontrados representantes de filos bacterianos das duas destilarias, de acordo com o NCBI, distribuídos da seguinte maneira: 96% pertenciam ao filo Firmicutes e 4% ao filo Proteobacteria na destilaria Japungu. Na destilaria Miriri 82,75% pertenciam ao filo Firmicutes, 13,6% a Proteobacteria e 3,4% não identificado. Todas as sequências se enquadraram em um valor de Máxima Identidade superior ou igual a 97%. Dentro do filo Firmicutes houve apenas representantes da classe Bacilli. Já no filo Proteobacteria houve apenas representante da classe Gammaproteobacteria. A linhagem Leuconostoc mesenteroides foi identificada como a principal contaminante nas duas destilarias avaliadas, a Japungu e Miriri.


Palavras-chave:  caldo de cana, DNA 16S, bactéria