XXI ALAM
Resumo:265-3


Poster (Painel)
265-3ANÁLISE ECOTOXICOLÓGICA DA MICROBIOTA FOTOSSINTETIZANTE (PERIFÍTON) DE COLUNAS DE WINOGRADSKY CONTAMINADAS PELO CORANTE ACID BLUE 40 TRATADO ELETROLITICAMENTE
Autores:Mariana Lopes de Sousa (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Ederio Dino Bidoia (UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

Os efluentes têxteis têm como característica principal a forte coloração provinda dos processos de tingimento. Isso pode causar desequilíbrios nos processos fotossintéticos das comunidades aquáticas presentes. Com grande importância em relação à produção primária, as microalgas são um importante indicador de ação antrópica, no caso do perifíton seu papel é especialmente importante por agregar nutrientes e contaminantes. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de um efluente têxtil simulado tratado eletrolíticamente na riqueza perifítica de colunas de Winogradsky. Foi confeccionado um efluente contendo o Acid Blue 40 e os eletrólitos NaCl e Na2CO3. Este efluente foi tratado em um reator eletrolítico (70%TiO2/30%RuO2) por até 30 minutos para remoção da cor. Foram retiradas amostras do efluente sem tratamento, tratado por 5 e por 30 minutos para as colunas de Winogradsky. Num recipiente de vidro com capacidade de 10L foram adicionados 500 mL de amostra, 500 g de lodo enriquecido de nutrientes e 6,5L de água. Uma coluna controle foi montada contendo apenas água e lodo de um reservatório para captação de água. As colunas ficaram sob exposição de uma lâmpada incandescente de 150W por cerca de 7 semanas, para desenvolvimento da comunidade perifítica. Após esse tempo amostras foram retiradas de diferentes partes das colunas para identificação das microalgas. Foi observado que a maior riqueza foi encontrada nas colunas controle (17 gêneros) e com o efluente tratado por 5 minutos (16 gêneros sendo 12 em comum com o controle), enquanto nas outras colunas com o efluente sem tratamento e com efluente tratado por 30 minutos a riqueza foi consideravelmente menor (10 gêneros em cada). O número de gêneros em comum com o controle foi de 9 na coluna com efluente sem tratamento e 7 com o efluente tratado por 30 minutos. A menor riqueza nesses casos pode ser explicada forte coloração causada pelo efluente sem tratamento, ou pelo excesso de Cl2 (150 ppm) gerado pela eletrólise no efluente tratado por 30 minutos. A classe mais efetada foi Chlorophyceae que não foi encontrada na coluna com efluente sem tratamento (enquanto foram encontrados 5 gêneros no controle). Portanto o tratamento eletrolítico de 5 minutos foi o mais indicado por remover consideravelmente a cor e manter a comunidade perifítica mais próxima ao controle.


Palavras-chave:  Corante AZO, Microalgas, Ecologia