XXI ALAM
Resumo:263-1


Poster (Painel)
263-1Mortalidade associada à Infecção de Corrente Sanguínea Primária Hospitalar por MRSA vs MSSA em Hospital Universitário Brasileiro
Autores:Juliana Pena Porto (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Paulo Pinto Gontijo Filho (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Rosineide Marques Ribas (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA)

Resumo

Introdução: As infecções graves por S. aureus resistente à meticilina (MRSA) representam um problema em hospitais gerais. Objetivo: Avaliar a mortalidade por MRSA em pacientes com Infecção da Corrente Sanguínea (ICS) primária comparado àqueles com MSSA. Metodologia: Foi realizada vigilância laboratorial de infecções de corrente sanguínea no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) por S. aureus, durante o ano de 2010. Os dados foram obtidos por vigilância NHSN (“National Healthycare Safety Network”). Os casos incluíram pacientes adultos com pelo menos uma hemocultura positiva para MRSA com tratamento com glicopeptídeos e evidência clínica de sepse e os controles pacientes com ICS por MSSA durante o período de internação. Foram excluídos pacientes com cultura positiva por MRSA em qualquer outro sítio, assim como os tratados com glicopeptídeos ou fluorquinolonas empiricamente por um período de 24 horas. Os controles foram pareados quanto as seguintes variáveis: sexo; diferença de idade não superior a 15 anos; diagnóstico similar na admissão hospitalar; cirurgia, data de internação no hospital com diferença não superior a dois anos e período similar de risco definido como período de permanência hospitalar, em dias, igual ou superior ao período compreendido entre a admissão do paciente (caso) e o aparecimento da bacteremia pelo MRSA. Discussão dos resultados: Foram identificados 230 pacientes, correspondendo a 255 amostras, 29,8% caracterizadas como MRSA, 33,3% associada à ICS, as infecções mais hospitalares frequentes (34,5%). Na análise da mortalidade associada, 93,3% da população com ICS primária por MRSA foi incluída, e o sucesso no pareamento das variáveis foi de 80,0%. A mortalidade total foi de 71,4% e de 21,4%, nos casos e controles, respectivamente e a taxa de mortalidade associada ao MRSA foi de 50,0%. A curva de sobrevivência evidenciou que os pacientes com ICS por MRSA apresentaram menor probabilidade de sobrevivência do que o grupo infectado MSSA. Conclusão: A mortalidade nos pacientes com infecção de corrente sanguínea primária por MRSA foi maior do que naqueles com infecção por MSSA. Apoio: FAPEMIG


Palavras-chave:  Mortalidade atribuída, Infecção corrente sanguínea primária, MRSA, MSSA