XXI ALAM
Resumo:238-2


Poster (Painel)
238-2Etiologia da mastite caprina no estado de Alagoas
Autores:Nancy Borges Rodrigues Vasconcelos (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Karla Danielle Almeida Soares (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Elizabeth Sampaio de Medeiros (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Rinaldo Aparecido Mota (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Alisson Rogério dos Santos Torres (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Andrezza Thais da Silva Lino (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Ely Emanuell Barbosa Monteiro (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Cyro Rêgo Cabral Júnior (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Luis Felipe Correia Bezerra Pinheiro (UFAL - Universidade Federal de Alagoas)

Resumo

O consumo do leite caprino e seus derivados vêm crescendo consideravelmente nas últimas décadas, tanto pelas suas características nutricionais como pela sua excelente digestibilidade, resultando em alimentos de excepcional valor biológico. Entretanto as características nutricionais, assim como a qualidade microbiológica do leite podem estar comprometidas devido à mastite, uma doença que afeta a glândula mamária e é altamente prevalente em rebanhos leiteiros de todo o mundo. Os agentes causais das mastites em caprinos são semelhantes aqueles da doença em bovinos, sendo os Staphylococcus spp. os principais causadores da mastite caprina. Objetivou-se com esse estudo pesquisar a etiologia da mastite caprina no estado de Alagoas. Foram estudadas 93 cabras de várias raças e em diferentes estágios de lactação, procedentes de doze propriedades que utilizavam ordenha manual criados em sistema intensivo ou semi-intensivo. Realizou-se o teste da caneca de fundo escuro e o Califórnia mastit test (CMT) para avaliar a mastite clínica e subclinica respectivamente, e em seguida procederam-se as coletas do leite para cultivo microbiológico em ágar enriquecido com sangue ovino a 5%. O índice de mastite clinica e subclínica foi de 2,7% (5/186) e 75% (135/180) respectivamente. A mastite clínica caprina é causada, principalmente, por Staphylococcus coagulase positivos e a mastite subclínica, sobretudo, por Staphylococcus coagulase negativos (SCN). 20,5% (37/180) das amostras foram positivas tanto no microbiológico quanto no CMT, 1,1% (2/180) foram positivas no microbiológico e negativas para o CMT, 54,5% (98/180) negativas para o exame microbiológico e positivas no CMT e 23,9% (43/180) negativas em ambos os testes. 78,5% (146/180) foram negativas ao exame microbiológico, enquanto 21,5% (40/186) amostras foram positivas. Os gêneros isolados foram SCN (9,1%) Corynebacterium sp.(3,8%), SCP (3,2%), Gram negativas (3,2%) Streptococcus spp. (1,1%), Micrococcus sp. (0,53%) e associação de Staphylococcus spp. + Micrococcus sp. Estudos relatam SCN como o microrganismo de maior incidência para mastite caprina. Conclui-se com esse estudo que ocorreu maior índice de mastite subclínica no rebanho, e os microrganismos mais isolados foram Staphylococcus spp. Sugere-se a adoção de medidas higiênicas na ordenha, e o monitoramento da mastite para a melhoria da qualidade do leite.


Palavras-chave:  mastite, caprinos, leite, microrganismos