XXI ALAM
Resumo:233-1


Poster (Painel)
233-1Avaliação microbiológica do mexilhão Perna perna: da coleta ao mercado
Autores:Marcelly Miranda Aybal Jayme (UERJ-FCM - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Monica Nunes (UFRJ-IQ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO) ; Fabio Vieira Araujo (UERJ-FFP - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) ; Angela Correa de Freitas Almeida (UERJ-FCM - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)

Resumo

Os mexilhões são reconhecidos mundialmente como um importante recurso de alimentação e por filtrarem a água onde se localizam devem ser extraídos para consumo somente de águas com padrões microbiológicos regulamentados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. uma vez que as intoxicações alimentares de origem bacteriana são a consequência mais comum relacionada ao consumo destes moluscos bivalves provenientes de áreas poluídas. Desde sua retirada dos costões, estes organismos passam por processos de fervura, a fim de terem suas carnes retiradas de suas valvas, lavagem, acondicionamento em sacos plásticos e transporte até a chegada ao mercado onde são comercializados. Todas estas etapas são realizadas pelos próprios catadores sem cuidados assépticos, aumentando a probabilidade de contaminação destes moluscos. Objetivando avaliar a qualidade microbiológica dos mexilhões comercializados no Mercado São Pedro, em Niterói, local de referência na venda de pescado dentro da região metropolitana do Rio de Janeiro, amostras do mexilhão Perna perna foram pesquisadas quanto a presença de patógenos utilizando metodologia convencional e molecular desde sua coleta na praia de Itaipu até a comercialização no Mercado, incluindo análise após o processo de aferventação. De um total de 3 coletas, onde 36 amostras foram analisadas até o momento, nenhuma, encontra-se com padrão aceitável para consumo segundo a Portaria n º 451, de 19 de setembro de 1997 da ANVISA, que regulamenta um número máximo permitido de 102 coliformes termotolerantes por grama de mexilhões in natura e para mexilhões pré-cozidos. Foram também encontradas e confirmadas por caracterização bioquímica, estirpes dos gêneros Aeromonas, Salmonella e a espécie Escherichia coli que virão a ser confirmados também por PCR. Assim, baseado nos resultados do presente trabalho pode-se inferir que os mexilhões amplamente comercializados podem ser um perigo para a saúde pública no Rio de Janeiro.


Palavras-chave:  mexilhões, coliformes termotolerantes, Aeromonadaceae, Enterobacteriaceae, PCR