Resumo

A Baixada Santista apresenta elevado índice de Tuberculose Pulmonar (16%), e um alto número de desistência do tratamento (54,5%), observados nos anos de 2010 á 2011. Estudos sobre a tuberculose tem mostrado que o padrão de ocorrência da doença está relacionado aos determinantes sociais, nos modos de produção e reprodução da sociedade. Nos últimos anos, a situação vem se agravando em relação á mortes ocorridas diante de políticas que vêm sendo adotadas. Têm-se identificado como mais vulneráveis para adquirir a doença, populações com condições insalubres de moradia, os portadores do HIV, os desnutridos e aqueles que têm pouco acesso á saúde. O objetivo do presente estudo foi identificar aspectos relacionados ao conhecimento da tuberculose em moradores da região metropolitana da baixada santista. A partir da adoção de referencial teórico-metodológico, desenvolveu-se o estudo descritivo e quantitativo, contendo uma amostra de 160 entrevistados. Os dados foram coletados através da aplicação de um questionário, no período de maio de 2012. No estudo realizado, foi constatado que entre 160 entrevistados, 66% tem conhecimento sobre a doença, 70% não tem conhecimento sobre a vacina e 84% afirmam que toda a população pode ser sucessível a doença. Cerca de 85% acreditam que o tratamento pode levar a cura. Entre a população entrevistada, foi verificado que 30% acreditam que diagnosticar e tratar evita a transmissão da doença. Foi relatado que o abandono do tratamento deve-se ao preconceito enfrentado pelo paciente, sendo que 44% quando questionado a respeito como agiriam em um ambiente onde houvesse pessoa com tuberculose, responderam que sairiam de perto,16% tratariam indiferente e 40% agiriam normalmente. O índice de pessoas desinformadas sobre a Tuberculose, seus agravos, sintomas, transmissão e cura é um fato no qual a sociedade deveria atentar-se, assim como o preconceito que é encontrado diante de situações que envolvam pacientes tuberculosos, devida principalmente à falta de informação que cerce a mídia e seus meios. Muitas pessoas não sabem a forma de contágio e de transmissão, o que gera insegurança da população e uma prevenção não segura. Sendo assim, para que haja eficácia no combate à Tuberculose, é necessário conscientizar a população sobre a prevenção e contaminação, para que saibam os sintomas e o que deve ser feito, seguindo o tratamento por completo.