XXI ALAM
Resumo:220-1


Poster (Painel)
220-1SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS NÃO BETA-LACTÂMICOS EM STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES A METICILINA (MRSA) EM HOSPITAIS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Autores:Alexandra Vidal Pedinotti Zuma (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Danielle Ferreira Lima (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Elizabeth Andrade Marques (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Robson Souza Leão (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) é um dos principais microrganismos envolvidos nas Infecções relacionadas à Assistência à Saúde. Entretanto, as infecções causadas por MRSA não estão mais restritas a pacientes hospitalizados (HA-MRSA), ocorrendo também na comunidade (CA-MRSA) entre indivíduos sem fatores de riscos. Atualmente 11 tipos de cassetes cromossômicos, local onde se encontra o gene mecA, já foram descritos (I ao XI). Os três primeiros e o VIII estão presentes predominantemente em amostras de HA-MRSA, enquanto os últimos (IV, V, VI, VII, IX, X, XI) são encontrados em CA-MRSA. A toxina Leucocidina de Panton Valentine (PVL) é encontrada predominantemente neste fenótipo. Nosso estudo objetivou a avaliação de amostras clínicas sugestivas de CA-MRSA (sensibilidade a sulfametoxazol-trimetoprim-SUT e/ou clindamicina - CLIN). Foram avaliadas amostras de MRSA (resistência a cefoxitina e/ou oxacilina), de 113 pacientes atendidos em cinco hospitais no município do Rio de Janeiro. Foi realizado o teste de difusão em ágar para 11 antimicrobianos; determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) para vancomicina (VAN) por microdiluição e pesquisa do gene lukS, codificante da toxina PVL por PCR. Dentre as 123 amostras, os maiores percentuais de resistência foram observados para eritromicina (ERI), ciprofloxacina e CLIN com taxas de 64,2%, 45,6% e 41,5%, respectivamente. ERI foi o único antimicrobiano que apresentou taxa de resistência superior a 50% em todos os hospitais. Linezolida, uma das opções para o tratamento de MRSA, apresentou 3,2% de resistência. 30,8% dos MRSA apresentaram o gen lukS e estavam presentes em todas as unidades hospitalares em proporções similares. Todas as amostras foram sensíveis a VAN, com CIM que variou de 0,25 a 2,0 µg/mL, entretanto a maioria apresentou CIM ≥ a 1 µg/mL,caracterizando o fenômeno de MIC-CREEP. A distribuição de amostras com MIC-CREEP variou de 75% a 91% entre os hospitais. Com o aumento de isolamento de amostras CA-MRSA no ambiente hospitalar, é fundamental o conhecimento do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos e atributos de virulência que possam contribuir para eficácia do controle das infecções, prescrição de antimicrobianos e compreensão da epidemiologia de CA-MRSA no município do Rio de Janeiro.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, antimicrobianos, MRSA, CA-MRSA