XXI ALAM
Resumo:213-1


Poster (Painel)
213-1AVALIAÇÃO DE DIFERENTES RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS PARA PRODUÇÃO DE β-GLICOSIDASE POR FUNGOS TERMOFÍLICOS ISOLADOS NA REGIÃO DE DOURADOS-MS
Autores:Maria Alice Silvestre (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Ana Carolina da Costa (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Vinicius Godoy Camargo (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Ana Paula Aguero de Oliveira (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Marcelo Fossa da Paz (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Rodrigo Simões Ribeiro Leite (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados)

Resumo

As β-glicosidases são enzimas que hidrolisam a celobiose resultante da hidrólise enzimática da celulose, liberando monômeros de glicose. As β-glicosidases podem ser aplicadas na produção de biocombustíveis, alimentos e bebidas. Atualmente é crescente o interesse por enzimas extremófilas devido ao ambiente hostil dos processos industriais. Dessa forma, diversos trabalhos buscam a obtenção de enzimas produzidas por microrganismos termofílicos, visando a maior estabilidade estrutural de suas enzimas. O Cultivo em Estado Sólido (CES) é um processo com grande potencial para a produção de enzimas extracelulares e os resíduos agroindustriais são considerados bons substratos para produção de enzimas do complexo celulolítico. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de diferentes resíduos para produção de β-glicosidases por 4 linhagens de fungos termofílicos isolados na região de Dourados-MS. Os resíduos agroindustriais utilizados como substrato foram: sabugo de milho, bagaço de cana, palha de milho, casca de arroz, farelo de soja e farelo de trigo. O cultivo ocorreu em frascos erlenmeyer de 250 ml, contendo 5 g de substrato, que foram mantidos na temperatura ótima de crescimento de cada isolado por 96 horas. Dentre os substratos testados o farelo de trigo foi o melhor para a produção de β-glicosidase. Os isolados 20, 21, 23 e 24, quando cultivados em farelo de trigo, produziram 44,8U/g, 49,2U/g, 99,5U/g e 17,3U/g, respectivamente. Os mesmos microrganismos, quando cultivados nos outros substratos testados, apresentaram uma produção de β-glicosidase inferior a 40% da obtida no cultivo em farelo de trigo, exceto o isolado 20 que produziu 43,1 U/g, quando cultivado em sabugo de milho. Os microrganismos utilizados neste trabalho não produziram β-glicosidase nos cultivos realizados em bagaço de cana e casca de arroz. O farelo de trigo é rico em carboidratos, proteínas e fibras, o que contribui com as exigências nutricionais do microrganismo favorecendo o crescimento e consequentemente a produção enzimática. Nossos resultados demonstram que as linhagens termofílicas selecionadas apresentam potencial para produção de β-glicosidase, o que estimula a continuidade do trabalho, visando em etapas futuras, à identificação dos microrganismos e a otimização do processo de produção de β-glicosidases pelas linhagens selecionadas.


Palavras-chave:  Celulases, Cultivo em Estado Sólido, Resíduos Agroindustriais