XXI ALAM
Resumo:198-1


Poster (Painel)
198-1PESQUISA DOS FATORES DE VIRULÊNCIA DE ADESÃO DO STAPHYLOCOCCUS COAGULASE NEGATIVOS ISOLADOS EM MASTITE SUBCLÍNICA CAPRINA
Autores:Sandra Renata Sampaio Salaberry (VPS/FMVZ/USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP) ; Eveline Zuniga (VPS/FMVZ/USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP) ; André B. S. Saidenberg (VPS/FMVZ/USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP) ; Patrícia Braconaro (VPS/FMVZ/USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP) ; Priscilla A. Melville (VPS/FMVZ/USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP) ; Nilson R. Benites (VPS/FMVZ/USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP)

Resumo

A mastite subclínica acarreta perdas significativas na produção e qualidade do leite, embora não apresente alterações visíveis na glândula mamária. Entre as bactérias responsáveis por causar mastite subclínica em caprinos, destaca-se o Staphylococcus spp., sendo S. aureus, o agente mundialmente mais comum. Pesquisas vêm demonstrando que os Staphylococcus coagulase negativos são os microrganismos de maior prevalência em mastite subclínica de pequenos ruminantes. Desta forma, o objetivo deste estudo foi pesquisar os seguintes fatores de virulência de adesão dos Staphylococcus coagulase negativos isolados de mastite subclínica de caprinos: Proteína Ligadora de Elastina (ebp), Proteína Ligadora de Laminina (eno) e Proteína Carreadora de Colágeno (cna). Foram colhidas 47 amostras de leite de cabras que apresentaram mastite subclínica no teste do CMT (California Mastitis Test) durante o momento da ordenha. Para a realização do exame microbiológico, semeou-se o leite em placas de ágar sangue por 24-72 horas a 37°C e realizou-se a identificação bioquímica nas amostras que tiveram crescimento bacteriano. Após o isolamento dos Staphylococcus coagulase negativos, realizou-se a extração para bactérias gram positivas e a reação de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), utilizando três pares de primers (ebp, eno, cna). Para a extração, utilizou-se um método de extração com sílica, lisozima e proteinase K. As reações foram amplificadas em termociclador com as seguintes condições: um ciclo de cinco minutos a 94°C, seguido de 25 ciclos de amplificação, cada um de um minuto a 94°C, um minuto a 55°C e um minuto a 72°C. A reação foi terminada com 10 minutos a 72°C. A detecção do produto amplificado foi feita através de eletroforese em gel de agarose a 1,5%, contendo 0.5 μg de brometo de etídio e visualizado em transiluminador de luz ultravioleta, identificando os fragmentos de interesse e utilizando-se marcadores de peso molecular de 100 bp (Invitrogen®). Das 47 amostras analisadas, 25 (53,2%) apresentaram o gene eno, nove (19,1%) apresentaram o gene ebp, uma (2,1%), o gene cna e duas amostras foram positivas para dois genes. Os genes de adesão permitem a aderência aos receptores das células do hospedeiro e caracterizam a capacidade de patogenicidade do microrganismo. A presença dos genes de fatores de virulência de adesão reforça a importância da higienização no momento da ordenha, a fim de evitar a presença dos Staphylococcus coagulase negativos na mastite subclínica caprina.


Palavras-chave:  cabra, gene eno, gene cna, gene ebp, leite