XXI ALAM
Resumo:166-2


Poster (Painel)
166-2USO DE ÓLEO ESSENCIAL DE PAU-ROSA (Aniba rosaeodora) DA AMAZÔNIA NO CONTROLE DE Colletotrichum guaranicola, CAUSADOR DA ANTRACNOSE EM GUARANAZEIRO
Autores:Anne Caroline Dantas Tavares (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Igor Bahia Costa (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Renah Boanerges de Queiroz Pimentel (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / UEA - Universidade do Estado do Amazonas) ; Luiz Alberto Guimarães de Assis (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Rogério Eiji Hanada (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; José Francisco de Carvalho Gonçalves (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)

Resumo

Antracnose é uma doença que ataca diversas culturas de grande interesse econômico, inclusive o guaraná. Biocontroladores alternativos têm sido estudados, como uma opção em substituição aos químicos. Estudos com óleos essenciais demonstram grande eficiência antimicrobiana sobre microrganismos fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antifúngico do óleo essencial de folhas e galhos de pau-rosa sobre Colletotrichum guaranicola, agente etilógico da antracnose no guaranazeiro. O isolado foi reativado em meio BDA, incubado a 28 ºC, em fotoperíodo por 7 dias. A extração do óleo ocorreu por hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com sete tratamentos e com 17 repetições. Os resultados foram transformados para √x+1, foi aplicado para as médias o teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade e a análise foi feita pelo programa ASSISTAT 7.6. A suspensão de esporos foi ajustada em 4,6x105 conídios ml-1, sendo 50 µl aplicado na superfície do meio BDA contido em placa de Petri e espalhado com uma alça de Drigalski. Foram realizados poços no meio, com o objetivo de abrigar o óleo essencial nas concentrações de 0,25, 0,5, 1, 2, 4 e 8%, diluídos em solução de tween 80 à 0,5% (v/v), além da testemunha negativa, com apenas a solução de tween 80. As placas foram incubadas overnight em baixa temperatura para a difusão do óleo no meio de cultura e, em seguida mantidos a 28º C por 5 dias. Após o período de incubação, o experimento foi avaliado visando observar halos de inibição causados pelo óleo de pau-rosa sobre o fungo. Quando evidenciados, os halos foram medidos e fotodocumentados. Não houve atividade antifúngica de óleo extraído de galhos em nenhuma concentração estudada. Foi possível observar que o óleo essencial extraído de folhas apresentou atividade antifúngica nas concentrações 8, 4 e 2%, de forma estatisticamente significativa, com 4,6; 3,5 e 1,99 mm, respectivamente, de halo inibição, enquanto as outras concentrações menores apresentaram resultados estatisticamente semelhantes à testemenha negativa. Estudos indicam que a atividade antifúngica de óleos essenciais de plantas é devido a presença de terpenóides. O terpeno mais abundante em pau-rosa é o linanol, porém não pode-se afirmar que tal atividade é de sua responsabilidade, necessitando de estudos mais acurados.


Palavras-chave:  Controle alternativo, Efeito antifúngico, Fungitoxicidade, Paullinia cupana