XXI ALAM
Resumo:142-1


Poster (Painel)
142-1Colonização de mucosas oral e perianal por Candida spp. e incidência de candidemia em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal mineira
Autores:Jéssika Rodrigues Alvares (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Ana Carolina Pinheiro Coelho Mundin (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Reginaldo dos Santos Pedroso (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Vânia Olivetti Steffen Abdallah (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Denise Von Dolinger de Brito (UFU - Universidade Federal de Uberlândia)

Resumo

Introdução: Candida spp. representa o terceiro patógeno mais comum em infecções de corrente sanguínea em UTI neonatal, associada com a segunda maior taxa de mortalidade. A colonização do trato gastointestinal é importante reservatório para desenvolvimento de infecção. Os objetivos foram avaliar a colonização de mucosas e a ocorrência de candidemia. Metodologia: No período de janeiro de 2011 a fevereiro de 2012, foi realizada vigilância epidemiológica pelo sistema “National Healthcare Safety Network” na UTIN do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Foi realizado estudo do tipo caso (neonatos com candidemia) versus controle (não infectados), na proporção de 1:3, para análise dos fatores de risco. Foram coletadas amostras de mucosas oral e perianal para pesquisa de leveduras do gênero Candida, e realização do teste de sensibilidade aos antifúngicos anfotericina B, fluconazol, itraconazol, e voriconazol. Foram realizadas análises univariada e multivariada pelo programa BioEstat 5.0. Resultados: No período de estudo foram internados 418 neonatos na UTIN. A incidência de candidemia foi de 2,87% com a detecção de 8 casos e 12 episódios, cuja principal espécie isolada (58,3%) foi C. albicans. Foram coletadas amostras de 184 (44,1%) neonatos, foram isoladas leveduras do gênero Candida 37(20,1%) de mucosa perianal, 11(5,97%) das amostras de mucosa oral. A espécie mais frequente foi C. albicans, seguida por C. parapsilosis e C. tropicalis. A colonização foi frequente entre os neonatos com candidemia 62,5%; sendo a mesma espécie isolada no sangue, e nas mucosas. Outros fatores de risco associados a sepse foram: ventilação mecânica (P=0,0292), sexo masculino (P=0,0006), e uso de antibiótico prévio (P=0,0292), entretanto nenhum dos fatores foram independentemente associados na análise multivariada (P>0,05). A maioria dos isolados apresentaram-se suscetíveis aos antifúngicos testados. Conclusão: Os resultados sugerem que a colonização do trato gastrointestinal é provável fonte de candidemia, entretanto há necessidade de outras investigações sobre o assunto, incluindo análise molecular para comprovação de possível padrão de clonalidade entre as amostras de colonização e infecção. Agradecimento ao apoio financeiro concedido pela FAPEMIG


Palavras-chave:  colonização, candidemia, neonatos, Candida albicans