XXI ALAM
Resumo:136-3


Poster (Painel)
136-3Infecção urinária oportunista por Chromobacterium violaceum
Autores:Daniel Figueiredo Silva (HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP) ; David Tibiriçá Caravelas (HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP) ; Cristiane Sottero Di Tulio (HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP) ; Rosa Helena Amprino Romanella Gironi (HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP) ; Roberto Martinez (HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP / HCFM/USP-RP - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina / USP-RP)

Resumo

INTRODUÇÃO: Chromobacterium violaceum é um microorganismo de vida livre do solo e da água de regiões tropicais e subtropicais, onde as condições ambientais de temperatura são ideais para o seu desenvolvimento. Descrevemos a seguir um caso de infecção urinária por C. violaceum em paciente portador de hipogamaglobulinemia comum variável e tumor de seio endodérmico retroperitonial (Yolk-Sac tumor). MATERIAL, MÉTODOS E CASO CLÍNICO: Homem de 26 anos, portador de hipogamaglobulinemia comum variável, diarréia crônica e tumor de seio endodérmico retroperitonial (Yolk-Sac tumor), apresentava febre, disúria, oligúria e retenção urinária, associados a náuseas e vômitos há 04 dias. Em cultura de urina foi isolado 100.000 UFC/mL de um bacilo Gram-negativo com colônias violáceas, o qual foi identificado como C. violaceum pelo sistema automatizado Vitek 2 ® mediante o uso de cartão para bactérias Gram-negativas. RESULTADOS: A identificação da bactéria foi confirmada por provas complementares como ureia, motilidade, esculina, indol, oxidase, catalase e tolerância a NaCl a 7%. No antibiograma apresentou-se sensível a Ceftriaxona, Ceftazidima, Cefepima, Ciprofloxacina, Levofloxacina, Norfloxacina, Imipenem, Meropenem, Ertapenem e Trimetropim / Sulfametoxazol, e resistente a Ampicilina, Amoxicilina / Ácido Clavulânico, Cefalotina, Amicacina e Gentamicina. O paciente antes do resultado da urocultura estava sendo medicado empiricamente com Cefepime e após cultura manteve o uso do antibiótico por 10 dias, onde evoluiu para um quadro afebril, sem sintomas urinário. Nova urocultura solicitada após tratamento foi negativa. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A contaminação por C. violaceum geralmente se dá por meio de solução de continuidade da pele em contato com águas estagnadas havendo também relatos de casos após afogamento. Há relato de quadros septicêmicos graves associado a múltiplos abscessos em fígado, baço, pulmão, linfonodos, pele e mais raramente em cérebro, evoluindo para toxemia, choque e morte. No caso relatado observou-se uma infecção urinária oportunista por C. violaceum. Investigação posterior revelou que o paciente havia nadado em um lago em três ocasiões distintas antes da infecção. Estudos realizados mostram que estirpes virulentas de C. violaceum têm níveis elevados de superóxido dismutase e catalase que pode proteger o microrganismo a partir de ataque fagocitário em humanos. No caso descrito a infecção por C. violaceum foi restrita as vias urinárias possivelmente pela rapidez e eficácia na antibioticoterapia e talvez pela menor virulência do isolado envolvido.


Palavras-chave:  Chromobacterium violaceum, Infecção oportunista, Urocultura, Diagnóstico