XXI ALAM
Resumo:128-1


Poster (Painel)
128-1Alterações histopatológicas em baço de camundongos Swiss infectados com Paracoccidioides brasiliensis
Autores:Elaine Sciuniti Benites Mansano (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Maria dos Anjos Fortunato (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Kátia Cristina Sibin (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Vanessa Beatriz Bresanini Sgorla (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Terezinha Inez Estivalet Svidzinski (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Luzmarina Hernandes (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

As manifestações clínicas do ,Paracoccidioides brasiliensis (Pb) são diversas e têm relação com a resposta imune do hospedeiro. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações histopatológicas no baço de camundongos Swiss infectados com o Pb . Foram utilizados 32 camundongos machos da linhagem Swiss, com 30 gramas, distribuídos em 4 grupos de 8 animais, sendo 2 animais controle. Os animais foram infectados por meio da veia caudal lateral com 0,1 mL de suspensão fúngica, contendo 2 × 106 células leveduriformes de Pb18 e os animais controle receberam 0,1 ml de PBS. Os camundongos foram mortos com uma sobredose de Tiopental após 1, 2, 4 e 8 semanas de infecção. Após a remoção do baço, fragmentos foram isolados, fixados em paraformoldeído 4% por 24 horas e processados para inclusão em parafina. Foram feitos cortes semi-seriados de 5µm de espessura, corados com H&E, para avaliação da morfologia do baço, e com Gomori-Groccot e P.A.S para a identificação do fungo. O restante do órgão foi processado para contagem de (UFCs/log10). A disseminação do fungo no baço foi observada ao longo de todo o período experimental, e as formas leveduriformes foram identificadas principalmente na periferia do órgão e na polpa vermelha. Na primeira semana observou-se um influxo de macrófagos e neutrófilos; na segunda semana a inflamação foi mais intensa e predominaram os neutrófilos. Na quarta semana e oitava semanas de infecção os macrófagos eram mais numerosos. Os achados histopatológicos indicaram que o maior pico de infecção ocorreu na segunda semana, quando também constatou-se o maior número de UFCs. A observação de que a colonização do baço, pelas leveduras, se deu predominantemente na periferia do órgão e na polpa vermelha demonstra o potencial que este fungo tem para buscar sua melhor rota de disseminação, uma vez que é capaz de invadir os macrófagos “driblando” as defesas do hospedeiro e supostamente desviar-se da polpa branca, onde predomina a defesa imunológica do organismo.


Palavras-chave:  Paracoccidioides brasiliensis, histopatológico, baço