Resumo

Nas últimas décadas os corantes têxteis encontrados nos efluentes industriais é uma preocupação ecológica emergente, pois, são altamente tóxicos e geralmente não biodegradáveis. Os riscos toxicológicos e ecológicos dessas substâncias são baseados na avaliação que envolve o grau de estrutura, solubilidade, possíveis interações, rota metabólica e avaliação da relação risco/custo/benefício. Sabendo que, para o tratamento de efluentes, as operações realizadas e a tecnologia aplicada são fatores que determinam à qualidade e quantidade do efluente. No processo biológico o sistema de lodo ativado é o mais utilizado. Este apresenta uma eficiência de aproximadamente 80% na remoção de corantes, contudo é bastante susceptível à composição do efluente. Assim, a busca constante pela minimização de resíduos gerados através de tecnologias “limpas”, revela alguns estudos de biorremediação com microrganismos capazes de degradar, de maneira eficiente um maior número de poluentes a um baixo custo operacional. A utilização de bactérias, como a Pseudomonas sp tem sido importante na degradação de azo corante, pois além de possuírem enzimas chamadas azoredutases, as quais são catalizadas na presença de oxigênio, apresentam metabolismo bastante diversificado. Portanto, este trabalho teve como objetivo geral avaliar a biorremediação de corantes têxteis sintéticos; baseado na habilidade da Pseudomonas aeruginosa em metabolizar e descolorir os efluentes. O microrganismo utilizado foi a Pseudomonas aeruginosa, isolada de um efluente industrial, foi cultivado em meio (Caldo Nutriente - DIFCO®) foram incubados a 35ºC por 24-48h, que se encontra depositada no Banco de Culturas do LIAMAR/IFCE. Após o crescimento, as culturas passaram pelos testes de remoção da cor através da análise da DQO, avaliação da produção de proteínas totais (LABTEST®), produção de biopolímeros e posteriormente serão realizadas análises de HPLC; o corante têxtil utilizado é o Preto Pirazol, gentilmente doado por uma indústria têxtil. Os resultados apontam que no tempo de 24 horas de tratamento com a bactéria P. aeruginosa houve uma remoção de cor de cerca de 45%. Este fato evidencia a habilidade do microrganismo de realizar a clivagem redutiva nas ligações azo dos compostos. Os valores de DQO revelam que a Pseudomonas aeruginosa foi capaz de remover/degradar o corante Preto Pirazol, que tenha o utilizado como fonte de carbono e energia, pois o cultivo não foi suplementado. Apoio:FUNCAP