XXI ALAM
Resumo:121-1


Poster (Painel)
121-1ESTUDO DA PRODUÇÃO DE ENZIMAS DE INTERESSE BIOTECNOLÓGICO POR LEVEDURAS PRESENTES EM AMOSTRAS DE ÁGUA E MOLUSCOS DO ESTUÁRIO DE SÃO FRANCISCO DO CONDE-BA
Autores:Juliana Mota de Oliveira (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) ; Tiago Felipe Oliveira (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) ; Marcia Luciana Cazetta (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)

Resumo

As leveduras têm sido utilizadas pelo homem há milhares de anos em processos fermentativos nos mais diferentes setores da indústria e, devido à sua importância, novos ambientes são explorados para isolamento de leveduras com potencial biotecnológico, especialmente na produção de enzimas. Neste estudo, leveduras isoladas de água e moluscos do Estuário do Rio São Francisco do Conde-BA foram avaliadas quanto à produção de enzimas celulolíticas, proteolíticas, amilolíticas e inulinolíticas. O trabalho foi desenvolvido no município de São Francisco do Conde, na Baia de Todos os Santos, em três unidades amostrais distribuídas nas regiões agrícola, urbana e estuarina, considerando o eixo longitudinal do rio Subaé, da nascente até a foz. As leveduras foram isoladas de amostras de água e duas espécies de moluscos: sururu e ostra. As amostras de água foram transportadas em garrafas de vidro âmbar esterilizadas com capacidade de 1000 mL e os moluscos foram capturados e transportados vivos para o laboratório de Microbiologia de Alimentos e Ambiental no Núcleo de Estudos em Pesca e Aquicultura da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Para as análises, foi realizada diluição seriada decimal até 10-4 em salina estéril 0,85% e, em seguida, alíquotas de 1 mL foram inoculadas, através de plaqueamento em superfície, em placas contendo meio Ágar Sabouraud Dextrose e cloranfenicol (0,01%). Em seguida, as placas foram incubadas a 28°C até cinco dias e realizado o isolamento para obtenção de culturas puras. Para verificar a produção de enzimas, as leveduras foram plaqueadas em meio YP (extrato de levedura 1% e peptona 2%) contendo 1-2% de carboximetilcelulose, caseína, amido e inulina, respectivamente, como únicas fontes de carbono. A capacidade de produção das enzimas foi verificada através da medida do crescimento na placa de Petri ou através da medida do halo de crescimento sobre a superfície do meio. Como resultado, 19,27% das leveduras foram capazes de produzir a enzima protease onde, dentre os isolados, duas estirpes foram consideradas como forte produtora da enzima de acordo com o tamanho do halo de degradação que alcançou 1,2 e 0,95 cm de diâmetro respectivamente. Com relação à inulinase, 27,7% dos isolados foram capazes de crescer em inulina como única fonte de carbono. Não foi detectada atividade celulolítica e amilolítica. Os resultado deste trabalho pode nos dar uma idéia do potencial biotecnológico das leveduras de ambientes ainda pouco explorados, como o ambiente marinho e estuarino.


Palavras-chave:  Inulinase, Levedura, Protease