XXI ALAM
Resumo:8-1


Poster (Painel)
8-1Prevalência e perfil de resistência de cepas de Escherichia coli isoladas de quadros de bacteriúria assintomática de população adulta
Autores:André Maziero de Almeida (CUFSA - Centro Universitário Fundação Santo André) ; Luana Tyo Pauli Fuziy (CUFSA - Centro Universitário Fundação Santo André) ; Mirella Vitalino Bonomi (CUFSA - Centro Universitário Fundação Santo André) ; Carla Fernanda Lima de Almeida (CUFSA - Centro Universitário Fundação Santo André) ; Marcia Zorello Laporta (CUFSA - Centro Universitário Fundação Santo André) ; Priscila Reina Siliano (CUFSA - Centro Universitário Fundação Santo André)

Resumo

Introdução: A bacteriúria assintomática (BA) é a presença de bactérias em elevado numero na urina, na ausência de sintomatologia. A BA pode ocasionar uma série de problemas em algumas pessoas, sobretudo em grupos que apresentam condições especiais como gestantes, transplantados, diabéticos, entre outros. Objetivo: Estudar a prevalência de BA em população adulta, identificando os patógenos isolados e caracterizando o perfil de resistência aos antimicrobianos da espécie bacteriana encontrada com maior frequência. Materiais e métodos: Foram estudados 100 indivíduos que não apresentavam nenhuma sintomatologia urinária. Foi coletada uma amostra de urina de cada um dos indivíduos estudados após correta assepsia da região urogenital. Uma alíquota de 100ul de urina foi semeada em Ágar MacConkey para contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Apenas foram considerados quadros de BA positivos contagens maiores que 105 UFC/mL. Para identificação dos patógenos foram utilizados testes bioquímicos de identificação para enterobactérias Enterokit B. Para determinação da resistência microbiana a antibióticos foi realizado o antibiograma com os seguintes antimicrobianos: Gentamicina, Aztreonam, Ceftriaxona, Levofloxacina, Cefalotina, Imipenem, Amoxicilina, Ácido Nalidíxico, Tetraciclina e Cloranfenicol. Resultados: Dos 100 indivíduos estudados, 24% apresentaram bacteriúria assintomática, sendo que 22% eram mulheres e 2% homens. A bactéria mais frequentemente isolada foi Escherichia coli (50,0%), seguida por Enterobacter aerogenes (16,7%), Serratia sp. (12,5%), Citrobacter freundii (8,3%), Klebsiella pneumoniae (4,2%) e Proteus vulgaris (4,2%). E. coli mostrou-se sensível a maioria dos antibióticos utilizados, contudo, 25% das cepas apresentaram resistência à gentamicina, cefalotina, amoxicilina e tetraciclina e 16,7% apresentaram resistência ao aztreonam e imipinem. Conclusão: podemos concluir que a BA não é um quadro raro e as pessoas que apresentam tal quadro podem estar colonizadas por bactérias com potencial patogênico e muitas delas resistentes a antibióticos. A não detecção de quadros de BA pode ser extremamente complicada principalmente em gestantes ou transplantados, por exemplo, pois ainda é desconhecido o papel das cepas causadoras de BA na evolução para quadros mais graves como cistite ou pielonefrite.


Palavras-chave:  Escherichia coli, bacteriúria assintomática, resistência a antibióticos