XXI ALAM
Resumo:7-2


Poster (Painel)
7-2PERFIL DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVOS NOVOBIOCINA RESISTENTES EM ISOLADOS URINÁRIOS EM BLUMENAU, SC
Autores:Alessandro Conrado de Oliveira Silveira (FURB - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU / UFCSPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE) ; Amanda Maria Buzzi (FURB - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU) ; Jakson Gustavo Haverroth (FURB - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU) ; Pedro Alves D'azevedo (UFCSPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE)

Resumo

Introdução: As mulheres são o grupo mais suscetível às infecções do trato urinário (ITUs), sendo que aproximadamente 50% delas terão, ao longo de suas vidas, pelo menos um episódio de ITU. O principal fator relacionado à sua prevalência é a proximidade da uretra com o ânus, propiciando assim uma maior facilidade de colonização por bactérias do trato gastrointestinal. Em mulheres sexualmente ativas, o uropatógeno mais frequetemente isolado é Escherichia coli, e o segundo maior é Staphylococcus saprophyticus, pertencente ao grupo dos estafilococos coagulase negativos (SCoN) resistentes a novobiocina. Materiais e métodos: Foram utilizados 109 SCoN resistentes à novobiocina isolados de uroculturas de pacientes do sexo feminino do Laboratório Santa Isabel, de Blumenau - SC. Foi verificada a sensibilidade aos antimicrobianos cefoxitina, ciprofloxacino, gentamicina, nitrofurantoína, norfloxacina, sulfametoxazol-trimetoprim, vancomicina, clindamicina e eritromicina. Foi realizado o teste de disco aproximação para verificar a resistência induzível à clindamicina (D-teste). A pesquisa foi baseada em padrões pré-estabelecidos pela ANVISA e pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), documento M100-S22. Resultados: Todos os isolados apresentaram sensibilidade à vancomicina e cefoxitina. As taxas de resistência foram de 1 % para ciprofloxacina, gentamicina, nitrofurantoína e norfloxacina, 15 % para sulfametoxazol-trimetoprim, 48, 6 % para eritromicina e 26 % para clindamicina. Em 22 isolados (20,2 %) a detecção fenotípica da resistência induzível à clindamicina só foi possível devido ao D-teste. Conclusão: Apesar do CLSI não recomendar a realização do antibiograma de SCoN novobiocina resistentes em isolados urinários, verifica-se que há um aumento das taxas de resistência, demonstrando a fundamental importância de um diagnóstico laboratorial eficaz, evitando a disseminação da resistência bacteriana, oferecendo ao clínico mais opções terapêuticas viáveis para tratamento das ITUs.


Palavras-chave:  d-teste, estafilococos coagulase negativos, infecções do trato urinário, novobiocina