27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2303-1


Poster (Painel)
2303-1QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E HIGIENIZAÇÃO DE VEGETAIS ORGÂNICOS UTILIZADOS EM UMA REDE DE RESTAURANTES DE FLORIANÓPOLIS - SC
Autores:Farias, F (CEUESSC - Centro Universitário Estácio de Sá de SC) ; Silva, A.C. (CEUESSC - Centro Universitário Estácio de Sá de SC) ; Berté, G. (CEUESSC - Centro Universitário Estácio de Sá de SC) ; Vieira, C.R.W. (UFSC - Universidade Federal de Santa catarina) ; Ramos, R.J. (CEUESSC - Centro Universitário Estácio de Sá de SCUFSC - Universidade Federal de Santa catarina)

Resumo

A microbiota das hortaliças orgânicas cruas é influenciada por numerosos fatores, como manuseio durante a colheita, desbaste, classificação, assim como utensílios e equipamentos usados nessas operações, contribuem com a distribuição de micro-organismos nesses produtos. Visto o aumento da utilização dos produtos orgânicos higienizados, a preocupação com riscos de natureza microbiológica torna-se acentuada. Desta forma, este estudo teve como objetivo analisar a qualidade microbiológica de hortaliças orgânicas produzidas para uma rede de restaurantes, antes e após a higienização, através da contagem total de microrganismos mesófilos. Foram analisadas três diferentes tipos de hortaliças orgânicas: alface americana, alface roxa e radite roxo, totalizando 15 amostras antes e 15 amostras depois da higienização. As amostras foram coletadas diretamente em um sítio de produção localizado na grande Florianópolis. Para a higienização os vegetais foram lavados em água corrente para a retirada das sujidades, após foi utilizada uma solução a 5% de Mercotech Veg® seguindo as orientações do fabricante, após eram enxaguadas, centrifugadas, embaladas e transportadas em caixas isotérmicas até o laboratório de microbiologia do Centro Universitário Estácio de Sá de SC, onde foram submetidas à Contagem total de bactérias mesófilas, de acordo com método descrito pelo American Public Health Association. As contagens de bactérias aeróbias mesófilas variaram entre 4,4 x 102 UFC g-1 e 7,6 x105 UFC g-1 para radite roxa antes da higienização, e variando entre 5,1 x102 UFC g-1 e 6,6x102 UFC g-1 após a higienização, apresentando uma redução média de 3,0 log UFC g-1 após a higienização. As contagens nas alfaces roxas variaram entre 3,9 x 105 UFC g-1 e 9,9 x 106 UFC g-1 antes da higienização, e entre 5,1 x 102 UFC g-1 e 11,0 x 102 UFC g-1 após a higienização, apresentando uma redução média de 2,9 log UFC g-1. Nas amostras de alfaces americanas as contagens variaram entre 1,0 x 106 UFC g-1 e 5,4 x 105 UFC g-1 antes da higienização, e entre 1,3 x 103 UFC g-1 e 9,2 x 102 UFC g-1 após a higienização, tendo uma redução média de 2,4 log UFC g-1. O processo de desinfecção de vegetais com hipoclorito de sódio, raramente consegue redução maior do que dois ciclos logarítmicos, no entanto, neste estudo foi observada uma redução de cerca de três ciclos logaritmos nas contagens. O procedimento de higienização foi eficiente na redução das contagens microbiológicas atingindo níveis aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde.