27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2284-1


Poster (Painel)
2284-1Produção de hormônios de crescimento por estirpes de rhizobia isoladas de solos amazônicos
Autores:Souza, A.R. (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Oliveira, L.A. (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da AmazôniaINPA - Instituto Nacional de Pesquisas da AmazôniaINPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Buzaglo, A. (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)

Resumo

As bactérias rizosféricas podem influenciar no crescimento de plantas por contribuírem com a produção de fitormônios, como as auxinas. A principal auxina, o ácido indolacético (AIA), tem aplicação prática como promotora de crescimento vegetal, além ser a mais comum encontrada em plantas. Sua função está relacionada ao alongamento de células, estimulando a síntese ou desinibindo a ação de enzimas que atuam sobre as microfibrilas da parede celular. Vários estudos mostram que os microrganismos estão ativamente envolvidos na síntese de auxinas, tanto em meio de cultura como no solo. O objetivo geral da presente pesquisa foi avaliar a produção de hormônios de crescimento vegetal por isolados de rizóbios obtidos de solos da Amazônia. Os rizóbios foram testados quanto à produção de AIA em meio de cultura usando o triptofano como precursor. Todos os isolados testados produziram AIA em meio de cultura suplementado ou não com L-triptofano. A produção de AIA variou significativamente entre isolados e concentrações de L-triptofano. Na ausência do indutor, a síntese de AIA variou significativamente de 6, 7 a 34, 7 µg.mL-1, com os isolados L3N23 e o consórcio entre L1N1 + L4N3 + L2N25 apresentando as maiores e menores concentrações, respectivamente. Os que apresentaram as melhores produções foram inoculados em raízes de tomateiro para avaliar se estimulavam um maior crescimento radicular quando comparados com as plantas sem inoculação (controle). Dez dos onze isolados de rizóbio testadas aumentaram o crescimento das raízes do tomateiro. Após 72 horas de crescimento, o total de comprimento radicular das plantas inoculadas com os rizóbios variou de 43 a 11 cm, enquanto que o crescimento das raízes das plantas não inoculadas apresentou crescimento total igual a 47 cm. O isolado de rizóbio que estimulou o maior crescimento radicular foi o L5N25, com 111 cm, seguido do L2N18 com 93 cm. A produção relativamente alta de AIA pelos isolados avaliados sugere o uso potencial desses rizóbios como promotores de crescimento radicular de espécies de plantas.