27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2281-1


Poster (Painel)
2281-1Determinação da frequência das bactérias E. coli e K. pneumoniae e sensibilidade antimicrobiana em amostras das cavidades anal e oral de calitriquídeos sadios pertencentes ao Centro Nacional de Primatas, Ananindeua, Pará.
Autores:Vale, M.C.B. (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Silva, K.S.M. (IEC - Instituto Evandro Chagas) ; Loureiro, E.C.B. (IEC - Instituto Evandro Chagas) ; DIAS, H.L.T. (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Muniz, J.A.P. (CENP - Centro Nacional de Primatas) ; Gonçalves, E.C. (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Aguiar, D.C.F. (UFPA - Universidade Federal do Pará)

Resumo

Estudos sobre a flora bacteriana oral e anal de calitriquídeos sadios são escassos, sendo imprescindíveis maiores pesquisas não somente para a identificação da flora normal bacteriana, mas também para estudos em modelos de infecções em animais. Este trabalho teve como objetivo a determinação da frequência das bactérias E. coli e K. pneumoniae em amostras das cavidades anal e oral de calitriquídeos sadios em cinco famílias pertencentes ao Centro Nacional de Primatas (CENP), bem como a determinação do perfil de sensibilidade antimicrobiana. A colheita foi realizada com uso de swabs e acondicionamento em caldo BHI para crescimento e isolamento através de meios não seletivos e não seletivos. A identificação e sensibilidade aos antimicrobianos foram realizadas nos equipamentos VITEK (bioMeriex) pertencentes ao CENP e Instituto Evandro Chagas, enquanto que o crescimento e isolamento das bactérias gram negativas foi realizado na Universidade Federal do Pará. E. coli esteve presente em 41% das amostras, seguida de K. pneumoniae com 28%. A incidência de E. coli estava concentrada em amostras da cavidade anal, com exceção de três animais de uma família dos primatas, explicado pelo seu comportamento, que propicia a contaminação através dos dejetos no ambiente de contenção. K. pneumoniae foi encontrada nas amostras de origem oral e anal. As cepas de E.coli isoladas tiveram um padrão pouco diversificado de sensibilidade aos antibióticos testados. Na análise da sensibilidade das cepas de K. pneumoniae, todas elas eram resistentes à ampicilina, sendo que a sensibilidade a todos antibióticos foi de 88.46%. Foi observado no estudo que não houve grande heterogeneidade das cepas quanto à sensibilidade aos diferentes antimicrobianos. Isto indica que o uso de antibióticos não é realizado de forma indiscriminada nos animais da pesquisa. A sensibilidade a antimicrobianos nestes animais está relacionada ao seu modo de vida, sendo resultado de diferentes processos seletivos. Sua alimentação é balanceada e o nível de contato humano é regulado para diminuição do estresse. Assim, o estabelecimento de doenças é minimizado e, portanto, o uso de antimicrobianos é reduzido. Nesta investigação foi observado que nestes primatas, o padrão de ocorrência das enterobactérias E. coli e K. pneumoniae é frequente, como em vários animais e humanos, sendo descritas como dominantes nesta flora normal.