27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2273-2


Poster (Painel)
2273-2Detecção de agentes infecciosos por meio de reações sorológicas em biotérios brasileiros. Um estudo de 17 anos.
Autores:MOREIRA, J.C.O (CEMIB/UNICAMP - Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica) ; MINAGAWA,C.Y. (CEMIB/UNICAMP - Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica) ; DEMOLIN, D.M.R (CEMIB/UNICAMP - Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica) ; SANTOS, S.R.C.S (CEMIB/UNICAMP - Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica) ; ANDRADE, L.A.G (CEMIB/UNICAMP - Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica) ; GILIOLI, R. (CEMIB/UNICAMP - Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica)

Resumo

Atualmente existe grande preocupação com a qualidade sanitária dos ratos utilizados como modelo experimental na pesquisa biomédica brasileira. Empregando-se diferentes técnicas sorológicas para o diagnóstico e monitoramento da saúde animal este trabalho tem como objetivo determinar a ocorrência de agentes infecciosos em colônias de ratos Wistar provenientes de 49 instituições brasileiras de diferentes padrões sanitários. Técnicas sorológicas de Imunofluorescência Indireta (IFI), Inibição da Hemaglutinação (IHA) e Microaglutinação (MA) foram utilizadas para a detecção de anticorpos específicos contra os 16 antígenos mais comumente testados. Entre 1995 a 2012, 1646 soros foram analisados por IFI, apresentando maior prevalência de Rat coronavirus RCV/SDAV (17%), M. pulmonis (13%), Rat theilovirus (RTV) 9%, Rat Minute Virus (RMV) 8%. Testados por IHA, Khilam's rat virus (KRV) e TOOLAN H-1 apresentaram positividade de 4% e 2% respectivamente. Corynebacterium Kutscheri (4%) e Bordetella bronchiseptica (3%) foram testados por Microaglutinação. Comparando a prevalência entre os anos percebe-se a diminuição da presença de alguns parvovírus como KRV e H-1, enquanto MVM e RMV apresentaram crescimento significativo. Rotavírus, Reo-3, C. piliforme, B. bronchiseptica e Adenovírus não foram detectados. Entretanto, RCV-SDAV, M. pulmonis e RTV permaneceram com altos níveis de prevalência. Sendai vírus, PVM e C. Kutscheri apresentaram variações ao longo dos anos. O perfil sorológico observado neste período foi muito similar quando comparado a dados da literatura, inferindo que os mesmos agentes estão circulantes pelo mundo. Este trabalho demonstra que o status sanitário dos biotérios do Brasil vem melhorando ao longo dos anos, ressaltando a importância de um programa de monitoramento sorológico contínuo.