27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2271-1


Poster (Painel)
2271-1Verificação de adaptação da Pseudomonas aeruginosa a condições injuriantes quando exposta a concentrações subletais do óleo essencial Rosmarinus officinalis L. e 1,8-cineol cultivados em caldo carne
Autores:TAVARES, A.G (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; GOMES NETO, N.J (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; LUZ, I.S (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; OLIVEIRA, P. D. L. (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; SOUZA, E.L (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; HONÓRIO, V.G (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; GUERRA, I.C.D (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; MAGNANI, M (UFPB - Universidade Federal da Paraíba)

Resumo

Introdução. Vários autores têm reportado o isolamento de cepas de Pseudomonas aeruginosa capazes de exibirem habilidade de crescer e suportar condições adversas quando expostos a procedimentos ou antimicrobianos utilizados pela indústria de alimentos para controlar o crescimento e sobrevivência de micro-organismos em alimentos. Neste estudo, avaliou-se a eficácia do óleo essencial de Rosmarinus officinalis (OERO) e do 1,8-cineol (CIN) na inibição do crescimento e sobrevivência de P. aeruginosa ATCC 9027. Materiais e métodos. Os valores da Concentração inibitória mínima (CIM) do OERO e CIN contra as cepas testadas foram determinados pelo método de macrodiluição em caldo, utilizando caldo BHI. A avaliação da indução de tolerância bacteriana direta e cruzada (pH de 5,2; NaCl à 100 g/L, e temperatura de 45 °C) foram realizadas através da exposição das estirpes testadas em concentrações subletais (1/2 e 1/4 CIM) do OERO e CIN em caldo à base de carne em diferentes intervalos de tempo (0, 30, 60, 120, 180 e 240 minutos). Discussão dos Resultados. O OERO e o CIN exibiram valores de CIM de 40,0 e 80,0 µL/mL respectivamente, contra P. aeruginosa. Em todas as concentrações testadas (CIM/2 e CIM/4), verificou-se significante diminuição do número de células viáveis, quando comparado ao ensaio controle. A exposição da P. aeruginosa às concentrações subletais (CIM/2 e CIM/4) do OERO e CIN durante 18 horas não resultou em desenvolvimento de tolerância direta, quando submetidos novamente à concentração do CIM dos antimicrobianos. Os tratamentos de P. aeruginosa submetidos às concentrações subletais do óleo de R. officinalis apresentaram menores contagens (P < 0,05) quando comparadas ao experimento controle ao longo de 240 minutos. Da mesma forma que os ensaios de determinação para um possível desenvolvimento de tolerância direta, não foi observado o surgimento de adaptação bacteriana cruzada nas células de P. aeruginosa aos agentes estressores: Ácido Láctico (pH 5,2), sal (NaCl a 10g/100ml) e temperatura elevada (45°C) após serem submetidos a concentrações sub-inibitórias do OERO e CIN (CIM/2 e CIM/4). Conclusão. O OERO e o CIN estudados neste trabalho evidenciaram um interessante efeito inibitório sobre a viabilidade celular de P. aeruginosa em soma ao não desenvolvimento de tolerância direta ou cruzada deste micro-organismo quando submetido a concentrações subletais dos antimicrobianos supracitados.