27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2257-1


Poster (Painel)
2257-1CARACTERIZAÇÃO MORFOFISIOLÓGICA DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE COPRODUTOS DO PROCESSAMENTO DO XISTO PIROBETUMINOSO
Autores:LOVATO, G.M. (FAPEAGRO - Fundação de Apoio a Pesquisa e ao Desenvolvimento do AgronegIAPAR - Instituto Agronômico do Paraná) ; GOES, K.C.G.P (UEL - Universidade Estadual de LondrinaFAPEAGRO - Fundação de Apoio a Pesquisa e ao Desenvolvimento do AgronegIAPAR - Instituto Agronômico do Paraná) ; ALVES, D.C. (UNOPAR - Universidade Norte do ParanáIAPAR - Instituto Agronômico do Paraná) ; ANDRADE, D.S. (IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná)

Resumo

O xisto pirobetuminoso é uma rocha sedimentar do tipo oleígena, rica em hidrocarbonetos. O processo térmico (retortagem) a que é submetido, produz óleo e gás e resulta em alguns coprodutos (fino de xisto e xisto retortado), que tem despertado interesse para aplicação na agricultura. Diversos trabalhos já realizados identificaram a potencialidade do uso destes subprodutos para a nutrição de plantas, no entanto esses elementos essenciais não se encontram prontamente disponíveis. A população microbiana presente nestes materiais da atividade da exploração do xisto ainda não é conhecida. Assim há a necessidade de identificar a comunidade microbiana presente no xisto. O objetivo desse trabalho foi caracterizar morfofisiológica e bioquimicamente microrganismos cultiváveis isolados dos coprodutos do xisto. Foram isoladas 43 bactérias, sendo 32 do xisto retortado e 11 do fino de xisto. Os isolados foram codificados com a sigla IPR e estão depositados na Coleção de Microrganismos de Interesse do Agronegócio do Laboratório de Microbiologia do Solo do IAPAR. Através da coloração diferencial dos isolados pela metodologia de Gram, observou-se que 54% são bactérias Gram positivas e 46% Gram negativas. A produção de sideróforos, a solubilização de fosfato de cálcio e a produção de melanina, foram avaliadas em meios de cultura específicos. Todas as análises foram realizadas em triplicata. Observou-se que 32% dos isolados produziram sideróforos, identificado pela presença de halo laranja ao redor das colônias, 51% dos isolados apresentaram halo de solubilização de fosfato e 21% dos isolados produziram melanina. A produção de proteínas e auxinas dos isolados foi avaliada em meio de cultura Dygs. As taxas de produção variaram entre 1,56 e 360,00 μg/mL de proteínas após 24 horas de crescimento e a produção de auxinas foi observada em 41 isolados, com taxas variando entre 0,96 e 85,12 7mu;M/mL após sete dias de crescimento. Houve diferenças entre os isolados considerando as características avaliadas. Alguns isolados apresentaram potencial para serem re-inoculados nos materiais para após certo tempo de incubação alguns nutrientes serem disponibilizados, e então os coprodutos vir a serem utilizados na agricultura.