27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2248-1


Poster (Painel)
2248-1Pesquisa da microbiota associada ao babaçu (Orbignya sp.) em matas nativas do estado do Piauí.
Autores:Lima, F. L. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Sousa, A.C.B. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Rêgo, J.B.S. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Sousa Filho, L.M. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Gurgel, R.F. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Guimarães, I.F. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Aragão, P.E.M. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Moura, E. S. (UESPI - Universidade Estadual do Piauí)

Resumo

O babaçu é uma palmeira oleaginosa encontrada nas matas da região amazônica e também nos Estados do Maranhão e Piauí formado por dois Gêneros (Orbignya e Attalea) e várias espécies. A biodiversidade microbiana que habita essa palmeira é praticamente desconhecida e entre os micro-organismos presentes pode está o causador da cromoblastomicose, uma doença fungica que atinge pessoas que trabalham diretamente com a quebra do coco. Com o objetivo de conhecer a microbiota fungica e bacteriana dessa planta, foram selecionadas árvores com folhas e frutos saudáveis, de mata nativa. Foram realizadas três coletas, a primeira no banco de germoplasma de babaçu da Embrapa Meio-Norte, a segunda no Povoado Lagoa Dantas próximo ao município de Demerval Lobão e a terceira procedeu-se no Parque Zoobotânico de Teresina. A metodologia consistiu na escolha de uma árvore saudável e logo em seguida a coleta de amostras dos microrganismos presentes no solo, tronco, folhas e frutos jovens e velhos da árvore e como controle, a exposição por 10 minutos ao ar de placas com meios para crescimento de fungos e posteriormente processadas no LABMICRO/GERATEC. Foram utilizados os seguintes meios: TSA, MacConkey, Agar BP, SS Agar, Cetrimide, Slanetz and Bartley, Ágar batata, Czapek dox e Sabouraud. Para a amostra do solo, foram retirados 10 torrões do solo de 5 gramas. As amostras foram misturadas e uma amostra composta de 2 gramas do solo foi inoculada em solução salina (3 ml). Foi realizada a diluição até 10-4 e inoculadas em todos os meios citados e incubação adequada ao crescimento. Para o tronco, folha, caule e frutos foram utilizados solução salina estéril e swabs para colher os microrganismos presentes. Após a diluição até 10-4, foi realizado o inoculo e incubação por até 72 horas, a temperatura de 35° C para os meios bacterianos e até 7 dias, a temperatura de 28° C para os meios próprios para fungos. Após o crescimento, foi obtida cultura pura das bactérias e dos fungos crescidos, e realizados testes preliminares de identificação e microcultivo para fungos, coloração de Gram e testes de catalase para as bactérias. Foi possível isolar 35 linhagens de bactérias e 98 de fungos na primeira coleta, 63 linhagens de bactérias e 99 de fungos na segunda coleta e 77 linhagens de bactérias e 171 linhagens de fungos na terceira coleta. A diversidade de morfologia e a identificação preliminar mostrou que essa planta é habitat de quantidade significativa de micro-organismos.