27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2204-2


Poster (Painel)
2204-2ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DA PRÓPOLIS VERMELHA FRENTE A DERMATÓFITOS ISOLADOS DE CÃES E GATOS
Autores:Torres, M.E.L.M. (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Herculano, P.N. (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Siqueira, A.B.S. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Porto, A.L.F. (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOLIKA - Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami) ; Nascimento, C.O. (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO)

Resumo

Os dermatófitos são fungos que possuem a habilidade de degradar a queratina e por isso são causadores de micoses superficiais em homens e animais. Pertencem aos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. As espécies que mais acomentem cães e gatos são M. canis, M. gypseum e T. Mentagrophytes, contudo M. canis é a espécie mais frequentemente isolada. Os dermatófitos produzem diversas enzimas que são essenciais para o processo infeccioso. Para o tratamento da dermatofitose em cães e gatos são utilizados medicamentos de uso tópico e sistêmico, no entanto, a terapia nem sempre é eficiente o que estimula o crescimento de estirpes resistentes e a continuidade do processo infeccioso. A própolis vermelha sendo um produto natural com inúmeras propriedades biológicas surge como possível alternativa terapêutica no tratamento de dermatofitoses em cães e gatos. O objetivo deste trabalho foi isolar dermatófitos de cães e gatos com dermatofitose, avaliar o perfil enzimático destes dermatófitos e a susceptibilidade destes isolados a própolis vermelha do Brasil. A coleta das amostras (pelos e escamas epidérmicas) foi realizada em Hospitais Veterinários do Recife. O perfil enzimático foi avaliado qualitativamente para a atividade de urease, protease, lipase, fosfolipase, colagenase e queratinase, utilizando-se meios sólidos com diferentes substratos específicos para cada enzima. A atividade antifúngica da própolis vermelha e dos antifúngicos comerciais itraconazol e terbinafina foi realizada conforme o documento M38-A (CLSI, 2002). A frequência de dermatófitos foi 7,55%. A espécie mais isolada foi M. canis (87,5%), seguida de M. gypseum (12,5%). Todos os dermatófitos foram positivos nos testes de urease, lipase, fosfolipase e colagenase. A própolis vermelha apresentou atividade fungistática entre 62,5-125 µg.ml-1 e atividade fungicida entre 62,5-250 µg.ml-1. A própolis vermelha é uma alternativa promissora para o desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento de dermatofitoses em cães e gatos.