27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2201-1


Poster (Painel)
2201-1DETECÇÃO DE VÍRUS EM ÁGUAS SUPERFICIAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Autores:Garrafa, P. (FSP-USP - Universidade de São Paulo - Faculdade de Saúde PúblicaICB-USP - Universidade de São Paulo -Instituto de Ciências Biomédicas) ; Sato, M.I.Z (CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) ; Moura, E.M.M. (ICB-USP - Universidade de São Paulo -Instituto de Ciências Biomédicas) ; Monezi, T.A. (ICB-USP - Universidade de São Paulo -Instituto de Ciências Biomédicas) ; Matté, M.H. (FSP-USP - Universidade de São Paulo - Faculdade de Saúde Pública) ; Mehnert, D.U. (ICB-USP - Universidade de São Paulo -Instituto de Ciências Biomédicas)

Resumo

A epidemiologia dos vírus entéricos humanos é influenciada pelo nível de higiene e saneamento ambiental, sendo a presença dos vírus em esgoto uma das principais fontes de contaminação no meio ambiente. Na ausência de coleta e tratamento adequados, muitas vezes o esgoto é descartado em corpos d’água. Caso esses corpos d’água sejam utilizados para o abastecimento da população sem um tratamento adequado antes da distribuição, a sua ingestão poderá provocar surtos. Dessa forma, é de extrema importância o conhecimento das condições microbiológicas e possíveis fontes de contaminação dos corpos d’água. Os resultados poderão ser utilizados para a elaboração de uma análise de risco e a implantação de medidas para um gerenciamento adequado, desde a captação, o tratamento e, por fim, a distribuição de uma água de abastecimento sanitariamente segura. O objetivo deste trabalho é a realização de análise virológica de amostras de águas superficiais e esgoto bruto da região metropolitana da cidade de São Paulo para obtenção de dados e elaboração de analise de risco. Um total de 16 amostras, sendo 8 amostras de esgoto bruto e 8 amostras de águas superficiais, foram coletadas quinzenalmente nos meses de janeiro e fevereiro de 2013. Para a detecção viral foram concentrados 15 litros de esgoto e 80 litros de amsotras de água superficial. Cada amostra foi concentrada por filtração em membrana eletropositiva (ZP60S) e reconcentrada por ultracentrifugação. Em seguida as amostras foram tratadas com Vertrel –XF e o material genético extraído com Trizol. Adenovirus (HAdV) foram detectados por PCR, Hepatite A (HAV) e Rotavírus (RV-A) foram detectados por RT-PCR. Nas amostras de esgoto bruto, HAV foi detectado em 3 (37,5%) amostras, adenovírus em 8 (100%) amostras e rotavírus em 4 (50%). Enquanto que, nas amostras de água superficial HAV foi detectado em 1 (12,5%) amostra, adenovírus em 8 (100%) amostras e rotavírus em 3 (37,5%). Os resultados preliminares obtidos até o presente momento indicam a presença de vírus em águas de abastecimento e demonstram a necessidade de ensaios de infectividade e quantificação para avaliar o risco que a presença destes patógenos pode representar para a população. Apoio Financeiro: FAPESP - Processos n.: 10/50797-4 e 2012/13232-4; Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP / Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP.