27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2199-1


Poster (Painel)
2199-1Atividade Antimicrobiana do óleorresina de Copaifera reticulata proveniente de coletas sazonais amazônicas na Floresta Nacional do Tapajós sobre espécies do gênero Paenibacillus.
Autores:Cintra, R. O. (UFOPA - Universidade Federal do Oeste do Pará) ; Oliveira, E. C. P. (UFOPA - Universidade Federal do Oeste do Pará) ; Pinto, I. F. (UFOPA - Universidade Federal do Oeste do Pará) ; Rebelo, S. L. (UFOPA - Universidade Federal do Oeste do Pará) ; Souza, M. E. (UNIFRA - Centro Universitário Franciscano) ; Santos, R. C. V. (UNIFRA - Centro Universitário Franciscano) ; Vaucher, R. de A. (UNIFRA - Centro Universitário Franciscano)

Resumo

O gênero Paenibacillus são bactérias Gram-positivas muito virulentas. O microrganismo induz a AFB (American foulbrood Disease) doença conhecida como Luque Americana que infecta abelhas no seu estágio larval reduzindo a população destas e a produção de mel. A bactéria tem apresentado resistência aos antibióticos convencionais e a agentes químicos empregados para inibir o seu crescimento. O óleorresina de copaíba é largamente utilizado na medicina popular para combater diversas enfermidades. Muitos estudos comprovam a sua atividade antiinflamatória, antibacteriana e antifúngica. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana do óleorresina de Copaifera reticulata provenientes de diferentes períodos sazonais amazônicos sobre espécies do gênero Paenibacillus. O óleorresina foi extraído da Floresta Nacional do Tapajós no período seco e chuvoso localizado em Belterra-PA no ano de 2012. Para atividade antimicrobiana foi realizado Disco Difusão utilizando o meio Ágar Müeller Hinton sendo o ensaio realizado em duplicata. As suspensões bacterianas foram realizadas em tubos de ensaio comparados à escala 0,5 de MacFarland. Foram testadas cinco espécies diferentes do gênero Paenibacillus incluindo a espécie mais virulenta Paenibacillus larvae. Para a determinação da CIM (Concentração Inibitória Mínima) o experimento foi desenvolvido em microplacas de 96 poços com caldo Müeller Hinton contendo 7 diferentes concentrações do óleo de copaíba através da diluição seriada. Logo após foram inoculados 10 µL das suspensões bacterianas em cada poço. Para avaliar a inibição, foi utilizada uma solução reveladora de 2, 3, 5 – trifeniltetrazólico 0,1%. Os dois óleos (período seco e chuvoso) mostraram atividade antimicrobiana frente a todas as espécies de Paenibacillus apresentando halo médio de 16 mm. Na determinação da CIM, Copaifera reticulata do período seco inibiu o crescimento à 50% apenas sobre Paenibacillus seginolipticus. No entanto Copaifera reticulata do período chuvoso inibiu o crescimento de todas as cepas testadas com concentração inferior a 0,78%. Diante do exposto, espécies de Paenibacillus apresentaram expressiva sensibilidade ao óleo de copaíba extraída no período chuvoso, sugerindo uma alternativa promissora à aplicação deste composto no controle de microrganismos que provocam AFB em abelhas.