27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2182-2


Poster (Painel)
2182-2DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES E CAPACIDADE DE ADERÊNCIA DE ISOLADOS CLÍNICOS DE Candida spp. OBTIDOS DE PACIENTES COM ONICOMICOSE
Autores:MELO,A.P.V. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; MEDEIROS, M.A.P (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; ROCHA, W.P.S (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; CHAVES, G.M. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

Os agentes mais frequentemente isolados em onicomicose são, em geral, os fungos dermatófitos, seguidos por leveduras e fungos filamentosos não- dermatófitos. O gênero Candida é o mais prevalente dentre as leveduras, destacando-se C. albicans como a principal espécie envolvida neste tipo de infecção superficial; embora infecções por Candida não-C. albicans estejam sendo cada vez mais relatadas. A aderência da levedura a células epiteliais humanas consiste no primeiro passo para o estabelecimento de infecção, sendo um importante atributo de virulência. Este trabalho objetivou identificar e avaliar a capacidade de aderência a células epiteliais de isolados de Candida spp. oriundos de pacientes com onicomicose. Analisaram-se 9 isolados de Candida spp. obtidos de escamas ungueais de pacientes ambulatoriais com onicomicose atendidos no Laboratório de Micologia Médica e Molecular (LMMM), Natal-RN, Brasil, entre março de 2012 e junho de 2013. Realizou-se exame direto das escamas ungueais, as quais foram tratadas com KOH a 20% e observadas através de microscopia óptica. As escamas foram semeadas em ágar Sabouraud-Dextrose e incubadas a 30ºC por 96h para pesquisa de leveduras. Os isolados obtidos foram identificados através de semeio em CHROMagar Candida®, pela prova do microcultivo em ágar fubá com tween 80 e por metodologia clássica (assimilação e fermentação de carboidratos), bem como foram caracterizadas fenotipicamente quanto à capacidade de aderir a células epiteliais bucais humanas (CEBH). Dentre os 9 isolados do estudo, obtiveram-se 3 de Candida albicans (33,3%), 3 do complexo Candida parapsilosis (33,3%), 1 de Candida tropicalis (11,1%), 1 de Candida intermedia (11,1%) e 1 de Candida rugosa (11,1%). Os isolados de C. albicans demonstraram maior capacidade de aderir às CEBH, como descrito em estudos anteriores, seguidos dos isolados do complexo C. parapsilosis, C. intermedia, Candida tropicalis e Candida rugosa com médias de 278, 192, 161, 104 e 55 células de levedura aderidas em 150 CEBH, respectivamente. Contudo, não se observou diferença estatisticamente significativa comparando-se a capacidade de aderência entre isolados de C. albicans e isolados do complexo C. parapsilosis (p>0,05). O isolado de C. rugosa apresentou a menor capacidade de aderência, com média de 55 células de leveduras aderidas em 150 CEBH. Nossos resultados condizem com o aumento na frequência de isolamento de espécies de Candida não-C. albicans, inclusive em infecções de unha, destacando-se a alta prevalência de cepas do complexo C. parapsilosis.