27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:2160-2


Poster (Painel)
2160-2Isolamento e caracterização de amostras de Bordetella bronchiseptica provenientes de cães e gatos.
Autores:Felizardo,M.R. (USP - Universidade de São Paulo) ; GOMES, V.T.M. (USP - Universidade de São Paulo) ; Filsner, P.H.N.L (USP - Universidade de São Paulo) ; Moreno,M. (USP - Universidade de São Paulo) ; Ferreira, T. S. P (USP - Universidade de São Paulo) ; Costa,B.L.P (USP - Universidade de São Paulo) ; Sanches,A.A (USP - Universidade de São Paulo) ; Pedreira,J.J (USP - Universidade de São Paulo) ; Moreno,A.M (USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Introdução: Bordetella bronchiseptica é um dos agentes etiológicos da tosse dos canis, infecções do trato respiratório superior em gatos, rinite atrófica e de broncopneumonia em suínos e ocorre freqüentemente em coelhos e animais de laboratório. O impacto deste agente em saúde humana ainda é subestimado, o risco da infecção de pessoas imunodeprimidas que tem contato com animais domésticos existe e já é relatado na literatura. O presente estudo teve como objetivos isolar o agente a partir de orofaringe de cães e gatos, identificar os isolados por meio da reação em cadeia pela polimerase (PCR) e caracterizá-los através do perfil de resistência a antimicrobianos. Material e métodos: Foram analisadas 144 amostras de suabes de orofaringe de cães e 89 suabes de orofaringe de gatos coletadas entre agosto de 2008 e dezembro de 2009. As amostras semeadas em ágar Smith-Baskerville por 48 horas a 37º C em aerobiose. As colônias suspeitas foram submetidas à PCR para confirmação da espécie. Os perfis de sensibilidade antimicrobiana dos isolados foram analisados através da técnica de disco-difusão. Foram testados os seguintes antimocrobianos: amoxacilina, ampicilina, penicilina G, ceftiofur, eritromicina, florfenicol, norfloxacina, enrofloxacina, ciprofloxacina, sulfonamidas, cotrimoxazol, tetraciclina, doxiciclina. Discussão: Dentre os 144 cães examinados, nenhum foi positivo para o isolamento do agente pesquisado. A freqüência deste agente em cães é bastante variável na literatura consultada. Dentre os 89 gatos, 11 foram positivos para B. bronchiseptica revelando uma freqüência de 12,3%, dado similar ao observado na literatura. Para avaliação do perfil de sensibilidade a antimicrobianos foram avaliadas 24 cepas de B. bronchiseptica, e observou-se uma alta taxa de resistência a antimicrobianos beta lactâmicos, como previamente descrito na literatura, assim como para sulfonamidas e para combinação sulfonamidas/trimetoprima. Conclusões: Apesar da ausência de isolamento de B. bronchiseptica em amostra oriundas de cães sabe-se que este agente apresenta importante papel nas infecções do trato respiratório superior desta espécie. A presença do agente em amostras provenientes de gatos ressalta a importância dos cuidados e da conscientização de pessoas imunossuprimidas no trato de seus animais de companhia.